Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Adriana Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/4792
|
Resumo: |
Este trabalho propõe-se a investigar como o linguajear e o emocionar da docência modificam-se no início da carreira. O estudo foi desencadeado pelo desconforto que a metodologia do ensino de Matemática, baseada em sua maioria na apresentação do conteúdo e na realização de exercícios, causava tanto nos estudantes quanto na professora. A situação vivenciada nos primeiros anos da docência indicava a necessidade de estabelecer outro linguajear e emocionar com os estudantes, que favorecesse suas aprendizagens e não mais os negasse enquanto sujeitos aprendentes. Escolhemos a metodologia de Projetos de Aprendizagem como proposta facilitadora da aprendizagem, o que demandou a construção do saber no coletivo. Para conhecermos as transformações no linguajear e no emocionar foi necessário utilizar um instrumento de acompanhamento das atividades docente. Escolhemos o diário de aula como instrumento para o registro da experiência vivida no ensino de Matemática, de junho a dezembro de 2012, com os alunos do sexto e sétimo anos, de uma escola da rede pública de ensino. Analisamos e discutimos a narrativa presente no “Diário de uma professora iniciante” a partir da Investigação Narrativa, que se constitui tanto como fenômeno que se investiga quanto método de investigação. O conversar no diário mostrou uma professora iniciante com muitas inquietações em relação ao seu fazer docente, trazendo indicadores da insatisfação com a metodologia de ensino utilizada e o quanto o trabalho na perspectiva reprodutiva refletia-se na falta de desejo de aprender dos estudantes. Revelou também um emocionar de conflito com as certezas relacionadas aos processos de ensinar e aprender. Na experiência, aprendemos a respeitar os diferentes sujeitos e aceitá-los na sua singularidade, a refletir na ação e a tomar decisões a respeito do que já estava determinado de antemão (sistema escolar, ambiente físico, relações sociais, finalidades e objetivos educativos) que normalmente não questionávamos. Refletir na e sobre a ação permitiu-nos compreender os fundamentos de um fazer que emergiu da constituição docente que, em sua maioria, ocorre pela incorporação de um modo de viver. Estar em constante processo de formação foi o que nos mobilizou e forneceu subsídios para realizarmos a reflexão e, consequentemente, modificarmos as condutas estabelecidas com os estudantes. Problematizar a própria ação e as questões que permeiam a profissão docente possibilitou-nos questionar e compreender as razões pelas quais definimos nosso linguajear e emocionar no espaço de sala de aula e qual cultura de escola queremos gerar com os alunos. Tomamos a reflexão sobre a reflexão na ação como estratégia que nos permitirá fazer a docência na objetividade-entre-parênteses e gerar uma cultura que legitime a ação de todos os sujeitos como protagonistas dos processos de ensinar e aprender, de forma recíproca e igualmente válida. |