Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Calcagno, Samanta Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9341
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Resumo: |
Este estudo buscou compreender as narrativas sobre saúde mental e física de mulheres que estão sob-reclusão, em regime fechado na Penitenciária Estadual do Rio Grande (PERG). A população investigada foi composta por 10 mulheres já julgadas pelos crimes cometidos e que encontram-se presas na PERG, que é um presídio masculinamente misto. O objetivo da investigação procurou a compreensão das percepções que as detentas têm sobre a sua saúde. Os cuidados éticos referentes à conduta na pesquisa com seres humanos foram considerados, atendendo à Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. O trabalho de campo teve início após a qualificação e aprovação do projeto de pesquisa pelos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos-CEPAS, da Universidade Federal do Rio Grande-FURG, avaliação do projeto de pesquisa por parte do GT em Ética em Pesquisa no Sistema Prisional da Escola de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul-(ESP) e o deferimento do projeto pelo comitê de ética do município de Rio Grande- NUMESC. Além disso, as detentas que demonstraram interesse em participar do estudo assinaram o Termo de Compromisso Livre e Esclarecido - TCLE. Como forma de produção dos dados foram utilizadas quatro fontes: 1) entrevista semiestruturadas; 2) prontuários de saúde das presas no ambiente prisional; 3) escrita de cartas; 4) o diário de campo da pesquisadora. Como metodologia de estudo foi utilizada a pesquisa narrativa, pois permite compreender os sentidos, além de ser um caminho para pensar sobre a experiência. Inicialmente encontramos sete linhas narrativas: Redução de danos; indicadores positivos de saúde; afetos; tempo; compreensão de saúde; saúde física; saúde mental. Com base nas premissas já pré estabelecidas, determinamos que o estudo teria apenas uma unidade de tensão juntamente com o que se mostrou mais evidente na fala das presas, nos prontuários de saúde e em suas cartas. Desta forma, trabalhamos com a unidade de tensão saúde, e seus aspectos ressoantes de tempo e fatores positivos. Para cada aspecto ressoante atribuímos uma cor, a partir disso, criamos três tabelas composta pelas entrevistas das detentas, não unimos as falas das detentas, trabalhamos com cada elemento das entrevistas de forma individual, porém seguindo o aspecto ressoante ao qual demonstrava representatividade. Optamos por trabalhar dessa forma por compreender a relevância de preservar a subjetividade de cada uma das detentas em relação a categoria saúde. Posteriormente dessa forma passamos a analisar cada tabela composta pelas entrevistas e seus aspectos ressoantes para compor o texto que aqui apresentamos. Como resultado do estudo pode-se concluir que há divergência em alguns aspectos sociodemográficos da população prisional feminina investigada dos dados que são apresentados para o contingente populacional feminino nacional. Além disso, a compreensão que as detentas apresentam sobre saúde está relacionada a ausência de sintomas, acesso a recursos materiais e humanos, além disso, existem fatores dentro da prisão que contribuem de forma negativa para a saúde das detentas, como afastamento do ambiente familiar, longos períodos trancadas em uma cela insalubre. Ainda assim, há indícios positivos para a saúde, tais como, acesso ao serviço de saúde, realização de exames. Outros fatores como o trabalho contribuem de forma positiva para a saúde das mulheres presas. |