Superexpressão do hormônio do crescimento (GH) e as respostas ao estresse abiótico em um modelo de zebrafish (Danio rerio) transgênico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Daniela Volcan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8276
Resumo: Peixes transgênicos que superexpressam o gene do hormônio do crescimento (GH) podem apresentar taxas de crescimento almejadas para a produção na aquicultura. No entanto, o aumento do nível de GH causado pela transgenia pode modificar as respostas biológicas frente à presença de estressores bióticos e abióticos. Desta forma, o principal objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do excesso de GH promovido pela transgenia sobre a tolerância a diferentes estressores abióticos, em um modelo de peixe (Danio rerio) transgênico para o GH. A exposição às variações de salinidade, temperatura e oxigênio foram os parâmetros considerados como estressores abióticos. A alteração da tolerância a estes fatores, promovida pela superexpressão do GH foi avaliada em nível de expressão de genes, atividades enzimáticas e produtos metabólicos, com a finalidade de entender os mecanismos destas modificações. No primeiro estudo, peixes transgênicos adultos foram expostos à salinidade hiperosmótica de 11 ppt e os resultados demonstraram que o excesso de GH aumenta a atividade da enzima Na+,K+14 ,ATPase e aumenta, consequentemente, a absorção de Na+. O excesso de Na+ 15 nos peixes transgênicos pode justificar a maior taxa de mortalidade destes animais. No segundo estudo, as respostas ao estresse térmico foram analisadas em peixes transgênicos adultos e juvenis expostos à alta temperatura (39o17 C) e baixa temperatura (13o18 C). Estes experimentos demonstraram um aumento na sobrevivência dos peixes transgênicos juvenis expostos à 13o19 C, e uma diminuição nos adultos e juvenis transgênicos expostos à 39 o20 C. Associado a estes resultados, houve uma alteração no padrão de expressão das proteínas de choque térmico (HSPs), relacionado à idade e à temperatura. No último estudo, peixes transgênicos e não-transgênicos foram expostos ao estresse hipóxico (1.5 mgO2/L). Os resultados indicam que os peixes transgênicos são mais suscetíveis à baixa concentração de oxigênio. Adicionalmente, foi observado um aumento na atividade da enzima lactato desidrogenase (LDH) e na concentração de lactato nos peixes transgênicos. Assim estes resultados sugerem que o excesso de GH promovido pela transgenia prejudica a habilidade de manter o metabolismo aeróbico em baixos níveis de oxigênio, ativando o metabolismo anaeróbico nestes animais. Em conclusão, a exposição a distintos estressores abióticos mostrou que a superexpressão do GH pode alterar, de forma diferenciada, a tolerância termal, osmótica e hipóxica, de acordo com a idade e ao tipo de estresse.