Efeitos dos nanomateriais Fulereno e Nanoprata sobre bactérias associadas á superfície corporal do Poliqueto estuarino Laeonereis acuta (Polychaeta, Nereididae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cordeiro, Lucas Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/6756
Resumo:  Ambientes estuarinos e costeiros são um dos prováveis destinos finais dos nanomateriais, mesmo havendo ainda uma grande lacuna em relação a estudos que lidem com os efeitos dos nanomateriais sobre organismos estuarinos. Este trabalho analisou o crescimento e respostas bioquímicas de seis colônias expostas aos nanomateriais fulereno (nC60, preparado sem uso de solventes) e nanoprata (nAg; não encapsulada), aplicados individualmente (0,01; 0,1; e 1 mg/L) e conjuntamente (nC60 + nAg: 0,01; 0,1; e 1 mg/L de nanoprata e 1 mg/L de fulereno), sobre colônias de bactérias isoladas do muco do poliqueto estuarino Laeonereis acuta (Nereididae), no escuro. As exposições ocorreram em 24 h, com agitação constante e, em seguida, as amostras foram inoculadas em agar por mais 24 h para analisar a biomassa produzida e as unidades formadoras de colônias (UFC). As UFC foram, então, contadas, e a biomassa úmida foi pesada, sendo este material utilizado para as análises bioquímicas. O crescimento (por biomassa úmida) foi inibido nas concentrações de 0,01 e 0,1 mg/L de nAg e para 0,01 e 0,1 mg/L de nAg + 1 mg/L constantes de nC60 (p < 0,05). O crescimento não foi afetado em termo de número de UFC (p > 0,05). A capacidade antioxidante total contra peroxi-radicais não mostrou diferenças significativas aos controles (p > 0,05). O dano por peroxidação lipídica foi significativo em relação ao controle nas concentrações 0,1 e 0,01 mg/L de nC60 e a atividade da GST foi significativamente maior em relação ao seu controle apenas concentração de 1 mg/L da co-exposição de ambos os nanomateriais (p < 0,05). A nanoprata demonstrou-se tóxica para as colônias bacterianas. Apesar do fulereno não ter inibido o crescimento bacteriano, ele intermediou peroxidação lipídica e induziu aumento nos níveis de GST quando em exposição conjunta com nAg. Tais resultados podem significar que nC60 induziu a produção de algum nível de ERO nos tratamentos, estando tanto em coexposição com nAg ou sozinho, na ausência de luz, mas seu efeito no crescimento bacteriano quando em exposição conjunta com nAg foi inexistente. Por outro lado, nAg foi capaz de inibir o crescimento bacteriano aparentemente sob limitado intermédio de ERO.