Ações educativas do enfermeiro na ótica do cuidador de usuário com doença crônica não transmissível: perspectiva ecossistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paula, Saul Ferraz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9614
Resumo: O conceito de Educação em Saúde vem sendo reformulado e repensado, ao longo dos anos e é inegável que diferentes fatores influenciaram e influenciam na construção e no entendimento deste constructo. Considerando os fatores de influência que culminam, em adequações, adaptações e transformações da Educação em Saúde, entende-se que é necessário contextualizá-la no tempo/espaço no qual se desenvolve, ou seja à luz do Pensamento Ecossistêmico. No atual cenário mundial, a Educação em Saúde vem auferindo, cada vez mais, destaque, pois está intimamente ligada à promoção da saúde, prevenção de agravos, bem como, a manutenção da qualidade de vida, principalmente, no que se refere às Doenças Crônicas não Transmissíveis que se apresentam como uma das principais causas de morte no mundo. O ato de educar, vinculado à profissão da enfermagem vem sendo aprimorado e executado pelo enfermeiro, que é considerado um educador, enquanto seus educandos são seus aprendizes, usuários, familiares, como também a sua equipe de trabalho. Assim a educação em saúde para o cuidador de usuário com doenças crônicas não transmissíveis, desenvolvida pelo enfermeiro, durante a internação, precisa considerar a totalidade dos elementos que formam o ecossistema domiciliar, local no qual o cuidador exercerá o cuidado. Além de considerar a totalidade dos elementos que formam o ecossistema domiciliar, é necessário considerar a sua inter-relação, articulação e integração, possibilitando uma Educação em Saúde mais integral. Objetivou-se investigar as ações educativas, na ótica do cuidador, que o enfermeiro, durante o período de internação do usuário com doença crônica não transmissível, oportuniza ao cuidador domiciliar para a continuidade do cuidado no domicílio na perspectiva ecossistêmica. A revisão da literatura foi realizada para dar sustentação à pesquisa, onde foram abordadas as temáticas: Contexto da educação em saúde no Brasil, Educação em saúde sob a ótica do paradigma Ecossistêmico, O cuidado e o cuidador no ecossistema domiciliar e, ainda, a pedagogia de Paulo Freire e sua relação com a prática educativa desenvolvida pelo enfermeiro. A metodologia utilizada na pesquisa de campo foi do tipo descritivo, exploratório e com abordagem qualitativa. A busca dos participantes aconteceu nas unidades de clínica médica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr. e Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande e a coleta dos dados na residência dos participantes, nos meses de outubro e novembro de 2016, por meio de entrevista semiestruturada, no intuito de fundamentar a questão de pesquisa, pressupostos, objetivos e principais aspectos da revisão de literatura. Análise e interpretação dos dados foi realizada mediante Análise de conteúdo na modalidade análise temática seguindo os passos de Minayo. Os resultados e a categorização foram apresentados no formato quadros e a discussão foi realizada por meio de dois artigos científicos. O primeiro artigo aborda as ações educativas do enfermeiro ao cuidador de usuário com doença crônica não transmissível na perspectiva ecossistêmica e o segundo trata das relações entre a crise econômica e as ações de educação em saúde no ambiente hospitalar: uma análise ecossistêmica. Ressalta-se que o referencial ecossistêmico, mostrou-se inteiramente adequado, para conduzir a superação da fragmentação entre o cuidado a as ações educativas no ambiente hospitalar, bem como, para sinalizar e direcionar uma educação em saúde dialógica, participativa, contextual com base nas necessidades dos cuidadores, a partir do contexto onde vivem, trabalham e se desenvolvem.