A campanha de prevenção do câncer da pele realizada na cidade do Rio Grande - RS cumpre seu papel educativo?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Clavico, Leandro Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9578
Resumo: Em diversos países o combate ao aumento da incidência do câncer da pele é realizado, com resultados positivos, através de campanhas didáticas de informação e prevenção veiculadas por órgãos sociais e de saúde. A Austrália tem demonstrado vários exemplos de como fazer isso: campanhas didáticas divulgadas nas escolas e nos diversos canais de informação, medidas eficazes de prevenção levando a isenção de impostos aos protetores solares, entre outros. No Brasil ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas sem dúvida alguma, as campanhas preventivas ao câncer da pele representam um bom começo. Assim, este trabalho visou investigar o perfil dos atendidos nas campanhas de combate ao câncer da pele, na cidade do Rio Grande (RS), nos anos de 2010, 2011 e 2012, bem como investigar a concepção de dois coordenadores quanto aos critérios de prevenção e educação destas campanhas. Para analisar o perfil dos atendidos diagnosticados com algum tipo de lesão neoplásica foi realizado um estudo de caso observacional utilizando um questionário como ferramenta da pesquisa. Já com os coordenadores, foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais, através da gravação de suas falas posteriormente transcritas e analisadas, investigando suas inquietudes educacionais. Em relação ao perfil dos atendidos nas campanhas, foi demonstrado que: foram mulheres brancas e pardas as que mais participaram e que os homens estão num processo crescente de participação; que no mínimo, 50 %, expõem-se ao Sol (sem qualquer proteção) principalmente em suas atividades ocupacionais; que o uso de protetores solares está bem aquém do necessário; que dicotomicamente foram semelhantes os percentuais de quem nunca teve história de queimaduras solares ao longo da vida e daqueles que tiveram mais de três episódios, bem como os percentuais de quem não teve e de quem já teve história prévia de câncer da pele; que é praticamente consenso conhecer os índices de radiação ultravioleta diário e seus riscos à saúde e que reconhecem a escola como a fonte mais apropriada para divulgar e trabalhar informações sobre este tema. Quanto a concepção dos coordenadores das campanhas foi possível constatar que: ambos reconhecem ser da Sociedade Brasileira de Dermatologia a exclusiva responsabilidade da organização e desenvolvimento das campanhas; o apoio voluntário de profissionais é fator indispensável e condicional para o desenvolvimento metodológico das campanhas, e essas cumprem seu papel preventivo e curativo por desenvolver uma metodologia que favorece o processo educativo. Este trabalho atesta a resposta à nossa pergunta norteadora e permite sugerir políticas educacionais e sociais que trabalhem a relação entre a exposição excessiva ao Sol e o câncer da pele.