Resposta da produção biológica frente à dinâmica dos sistemas de ressurgência costeira sobre a Plataforma Continental Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lazaneo, Cauê Zirnberger
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/9841
Resumo: A dinâmica do sistema da Corrente do Brasil (CB) restringe a intrusão da Água Central do Atlântico Sul sobre a plataforma continental a poucas regiões como as zonas de ressurgência de Cabo Frio (CF) e Cabo de Santa Marta (CSM), que são áreas de intensa produção biológica. Para compreender os fatores que controlam a produção biológica e determinam o tempo de residência nestes sistemas, foi implementado um modelo hidrodinâmico regional (ROMS) acoplado a um módulo ecossistêmico do tipo NPZD, e um modelo Lagrangeano de partículas. A partir desse modelo, foi estudada a Produção Primária Líquida (NPP) como função da disponibilidade de nutrientes, taxa de crescimento do fitoplâncton e biomassa fitoplantônica. A distribuição de nutrientes foi o principal modulador dos níveis da NPP nas duas zonas de ressurgência costeira. Os resultados mostraram taxas de NPP superiores em CF, dominadas por nitrato, enquanto que um maior crescimento relativo do tipo de fitoplâncton pequeno em CSM, região a qual apresentou maior limitação de nutrientes. A temperatura se mostrou um importante modulador das taxas de crescimento do fitoplâncton sob regiões não limitadas por luz. Por outro lado, o maior tempo de residência de traçadores biológicos foram observados próximos a zona de ressurgência de CSM, resultando em um melhor desenvolvimento da biomassa de fitoplâncton devido ao maior tempo de assimilação dos nutrientes, promovendo ciclos tróficos mais longos e fornecendo mais nutrientes regenerados para o ambiente. O tempo de residência inferior de CF, associado à menor extensão da plataforma e maior energia cinética turbulenta, favoreceu maior exportação da água costeira para a zona oceânica, com possíveis implicações biogeoquímicas como fluxo de nutrientes para as zonas oligotróficas e bomba de carbono.