Mecanismos de formação de Água de Fundo Antártica em reanálises oceânicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva Filho, Wilton Aguiar Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10346
Resumo: Eventos de convecção profunda em polínias oceânicas são frequentes fontes de erro na representação da formação da Água de Fundo Antártica (AABW) em modelos de circulação oceânica. Ainda que a formação de AABW em polínias oceânicas tenha sido eficientemente identificada em modelos de circulação não assimilatórios, a detecção de uma polínia oceânica no produto de reanálise ECCO2 (Estimating the Circulation and Climate of the Ocean Phase II) levanta a dúvida se a convecção profunda em polínias oceânicas também é encontrada comumente em modelos de circulação oceânica de alta resolução com assimilação, i.e. produtos de reanálise. Pensando em responder esta pergunta, este trabalho se propôs a analisar a formação da AABW em três recentes produtos de reanálise, de alta resolução espaço-temporal. Foi encontrado que dois dos três produtos de reanálises analisados formam a AABW por episódios de convecção profunda em polínias oceânicas no mar de Weddell, devido à presença de Água Profunda Cálida nas proximidades da superfície, indicando que a assimilação de concentrações de gelo marinho não é o suficiente para evitar a abertura de polínias. A terceira reanálise do estudo - My Ocean University Reading (UR025.4) - forma AABW por um mecanismo similar ao in situ que ocorre no leste do oceano Austral, representando tanto a convecção em plataforma continental, como também a exportação de Água Densa de Plataforma para oceano aberto. Ainda que a acurácia da formação da AABW no último modelo demonstre um avanço na representação do oceano Austral, a geração de padrões espúrios de gelo marinho sugere que as reanálises oceânicas ainda necessitam de melhorias significativas na simulação dos processos inerentes àquela região.