Avaliação da toxicidade de curativo impregnado com prata nanocristalina no verme Caenorhabditis elegans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Monteiro, Alinne Hoisler Ayech
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8099
Resumo: Uma crescente demanda na utilização de nanomateriais tem ocorrido nos últimos anos abrangendo produtos como cosméticos e fármacos. No entanto, as informações sobre a toxicidade dos produtos advindos das nanotecnologias ainda são limitadas. As nanopartículas de prata são utilizadas como bactericida e se fazem presentes em fármacos, materiais cirúrgicos, curativos, tecidos, entre outros. Dentre eles temos o 5Acticoat Flex 3, um curativo utilizado em ferimentos como queimaduras e, segundo o fabricante Smith e Nephew, é elaborado a base de prata nanocristalina. Após a utilização destes produtos, o descarte de maneira incorreta pode causar efeitos toxicológicos nos organismos presentes no ambiente. Visando avaliar a potencial periculosidade ambiental deste curativo, foi escolhido como organismo teste Caenorhabditis elegans, nematoide de vida livre que mede cerca de 1 mm. Nos ensaios foram utilizadas placas de 24 poços contendo 4 tamanhos diferentes de recortes do curativo, para obtenção de distintas concentrações onde animais em estágio larval L1 e L4 foram expostos. Estes recortes estiveram dispostos entre 2 camadas de ágar durante 3 dias e então a bactéria Escherichia coli (cepa OP50) foi adicionada como alimento para os vermes. Após o período de exposição, foram avaliados o crescimento, a reprodução, a fertilidade e a concentração de espécies reativas de oxigênio (ERO) no verme. No curativo foram realizadas análises de microscopia eletrônica de varredura e de transmissão, além de análises de prata liberada no meio, do potencial zeta, da liberação iônica e do poder antibacteriano em duas cepas bacterianas (Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus). Foi verificado o poder antibacteriano do curativo para as duas cepas testadas, e a caracterização do curativo mostrou nanopartículas heterogêneas; Resultados como maior concentração de ERO, redução no crescimento, fertilidade e reprodução no verme indicam o potencial tóxico deste produto.