Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dapuzzo, Ornella Erdós |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/10374
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Resumo: |
A presente pesquisa oferece uma análise do teor testemunhal dentro da narrativa Hospício é deus: diário I (1965), de autoria de Maura Lopes Cançado. O testemunho, conforme afirma João Camilo Penna (2003), traz essa narração que nos coloca frente a um corpo que está no encontro com o "real" (no sentido de trauma). Em se tratando de Cançado, este corpo é aquele enclausurado em um espaço total, o que gera um discurso impregnado de denúncias, adquirindo, muitas vezes, um teor coletivizado. Por abordar o trauma das violências sofridas, a narrativa traz a busca de dizer o que é "indizível", apresentando no campo da escrita estratégias linguísticas para se dizer aquilo que seria "inenarrável", ou como salienta Márcio Seligmann-Silva (2003), o "excesso de realidade" cria uma cisão entre linguagem e evento, muitas vezes tornando a enunciação um campo cheio de lacunas. Com este trabalho, intenta-se fazer com que a voz de Maura ecoe e nos coloque enquanto parte deste testemunho, para que não esqueçamos das violações que sofreu e busquemos que não sejam repetidas e legitimadas. |