Elite política em movimento: ministros de Estado e Poder Executivo na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Couto, Felipe Rabelo
Orientador(a): Freire, Américo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/33149
Resumo: O tema desta pesquisa é a elite política nacional da Primeira República (1889-1930). A questão foi abordada a partir da realização de um estudo prosopográfico dos ministros de Estado. As informações foram obtidas em repositórios de informações biográficas. Os objetivos foram: a) descrever a origem geográfica e socioeconômica, as trajetórias de formação e carreira, as redes sociais e políticas e o comportamento político dos membros da elite política que integraram os espaços institucionais do Poder Executivo; b) verificar as correlações entre a ascensão e a subs-tituição das elites políticas e a construção, a consolidação, as tensões e a crise do sistema oli-gárquico; c) analisar particularmente a relação entre a elite política e as questões decorrentes da construção do Estado, da dinâmica do federalismo e da consolidação e do desenvolvimento das instituições republicanas nacionais; d) definir o lugar da elite política do Poder Executivo na correlação de forças institucionais do regime republicano. Concluímos que elite política nacional da Primeira República teve características próprias, e não se configurou apenas como uma continuidade da elite política imperial. Esta transformação manteve relação dialética com os processos políticos de construção do Estado, do federalismo e do desenvolvimento das instituições. De modo que ao mesmo tempo que a elite política influenciava a tomada das de-cisões e a própria feição do regime, foi por este inversamente modelada. A análise colocou em evidência a natureza desta relação ao demonstrar a correlação entre dois processos. De um lado, a racionalização e especialização do Estado, o reforço gradativo do Poder Executivo e a convergência das disputas e tensões entre os estados-atores do federalismo oligárquico para o espaço institucional do Poder Executivo, em particular os ministérios. De outro, a diversifica-ção da formação superior e das ocupações dos quadros ministeriais e a constituição de trajetó-rias de carreiras com perfil executivo. O argumento é original ao atribuir à transformação da elite política, enfocando não as negociações que antecediam as campanhas ou exercício da presidência em si mas os ministérios, a busca de maior integração do poder e da monopoliza-ção do Poder Executivo que caracterizaram os anos finais do regime, levaram à sua crise e substituição em 1930.