A transição do trabalho presencial para o trabalho remoto na Defensoria Pública da União, em Santa Catarina, na perspectiva de seus colaboradores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Elsenbach, Liane Cristine
Orientador(a): Beltrão, Kaizô Iwakami
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35560
Resumo: Objetivo - O trabalho investiga a transição do trabalho presencial para o remoto na Defensoria Pública da União (DPU) em Santa Catarina durante a pandemia da doença Covid-19, causada pelo vírus SARS-Cov-2, focando nas percepções dos colaboradores. Metodologia - O estudo combinou abordagens quantitativas e qualitativas, começando com uma revisão bibliográfica e seguindo com a aplicação de um questionário pelo Google Forms. O questionário continha principalmente perguntas de escala Likert, mas também incluiu algumas perguntas abertas. Os dados foram analisados utilizando escalamento ideal e análise de componentes principais, para a redução da dimensionalidade. Resultados – A análise estatística identificou oito componentes que explicam 78,71% da variabilidade das 30 variáveis utilizadas. O estudo revela que 83,34% dos entrevistados têm uma visão positiva do ambiente doméstico para o trabalho remoto, destacando-se a importância da privacidade em casa para a produtividade. A preferência por trabalhar presencialmente está relacionada ao nível de conhecimento em tecnologia e à dificuldade com o isolamento social. O WhatsApp foi a ferramenta de comunicação mais utilizada no trabalho remoto, seguida pelo e-mail, telefone e videoconferências, respectivamente. Verificou-se que: o nível de concentração dos entrevistados influenciou na percepção positiva ou negativa em relação à flexibilidade de horário e à economia de tempo em deslocamento; o nível de disciplina está diretamente ligado à forma como o trabalhador lida com as interferências do ambiente doméstico; as interrupções, os equipamentos e o ambiente foram os principais fatores que interferiram no ritmo de trabalho; a percepção em relação à melhoria da qualidade de vida está relacionada à proximidade com a família e à economia em deslocamento e alimentação; as principais dificuldades mencionadas incluíram isolamento social, dificuldade de comunicação com colegas, interrupções no ambiente doméstico e a necessidade de disciplina; os aspectos positivos foram amplamente reconhecidos, com destaque para a flexibilidade de horário, economia de tempo em deslocamento, proximidade com a família, melhoria na qualidade de vida e produtividade; os fatores determinantes para o desempenho no trabalho remoto foram identificados, com destaque para a administração do tempo, responsabilidade e disciplina. Uma parte significativa dos entrevistados percebeu que não há prejuízo na qualidade em nenhuma das modalidades de trabalho. Os entrevistados consideraram que o trabalho remoto tem mais aspectos positivos que negativos e a maioria avaliou o trabalho híbrido como melhor. Limitações - A pesquisa ficou restrita apenas ao estado de Santa Catarina, não refletindo as experiências e opiniões de todos os trabalhadores da DPU em nível nacional. A distância da maioria dos entrevistados obrigou a realização do questionário via formulário on-line, o que pode ter interferido na qualidade dos dados coletados. Aplicabilidade – O estudo pode aprimorar a eficácia organizacional e a qualidade dos serviços ao otimizar os benefícios e minimizar os desafios do trabalho remoto. Socialmente, pode promover inclusão, ambiente colaborativo e qualidade de vida, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental. Originalidade – A originalidade deste estudo reside na combinação singular do contexto pandêmico, em um período socioeconômico intrinsecamente alicerçado na tecnologia da informação e comunicação, aplicado à realidade de um órgão público.