Eletricidade, Patrimonialização, Memória Coletiva, Cidades Desaparecidas: o caso de São João Marcos

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Martins, Raquel Gomes
• Orientador(a): Oliveira, Lúcia Lippi
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Eletricidade; Patrimonialização; Memória Coletiva; Cidades Desaparecidas; São João Marcos
• Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/33317

O caso da cidade de São João Marcos, proeminente cidade brasileira do período cafeeiro no Brasil; destruída à época do regime da ditadura do Estado Novo por consequência da grave crise de água e de energia elétrica, foi visto nesta pesquisa dentro de um panorama histórico de longa duração. O objetivo central de se trabalhar com uma história de longa duração tornou possível construir uma análise mais detalhada sobre este caso. Como a história de São João Marcos abarca o contexto que envolve a dor dos antigos moradores pela da perda da cidade e a fundação do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, atualmente, foi possível fazer uma rediscussão do conceito de memória coletiva de Maurice Halbwachs. A reabertura da discussão desse conceito possibilitou trabalhar com a hipótese de que há, embora tenham se passado mais de 80 anos do desaparecimento da cidade, uma memória coletiva associada ao caso desta cidade que, ao mesmo tempo, é retroalimentada pelas memórias que os antigos moradores transmitiram aos seus descendentes. Aliando a pesquisa bibliográfica, hemerográfica e documental com um experimento empírico, de coleta digital de dados e o uso do recurso de geolocalização da rede social do Facebook, foi possível a executar a análise tanto pela história da extinção da cidade quanto pelo momento histórico atual, partindo da maneira como os descendentes e moradores da região próxima ao sítio arqueológico percebem o parque em detrimento das percepções dos visitantes/turistas. Os resultados do experimento empírico digital indicam que, ainda, existe uma memória coletiva com repercussão latente associada aos familiares dos antigos moradores de São João Marcos. As evidências do estudo empírico, também, indicam que mesmo com a construção do parque arqueológico o conflito, criado no passado com a destruição da cidade pela The Rio Light Company, não foi resolvido ou amenizado no atual presente.