As diferentes modalidades de MBA e as mudanças percebidas a partir da pandemia do COVID-19: um estudo de caso dos cursos de educação executiva em gestão de saúde da FGV-IDE

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Casagrande, Ana Beatriz de Andrade
• Orientador(a): Oliveira, Fátima Bayma de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: COVID-19; Educação executiva; Modalidades de ensino; Aulas online
• Palavras-chave em Inglês: Executive education; Teaching modalities; Online class
• Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32050

Objetivo – O objetivo dessa pesquisa foi identificar quais as principais mudanças, desafios, vantagens e desvantagens das transformações acarretadas pela pandemia do COVID-19 em relação às diferentes modalidades de cursos, presencial (com aulas remotas pela pandemia) e live, de MBA Executivo em Administração: Gestão de Saúde, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Metodologia – Esta pesquisa é de natureza qualitativa, configurada como estudo de caso único. Foi selecionado o Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas por webconferência, com 4 coordenadores, 9 professores e 6 alunos dos cursos de MBA Executivo em Administração: Gestão de Saúde. Estas 19 entrevistas foram gravadas com a devida autorização dos participantes e transcritas para, posteriormente, serem submetidas à Análise de Conteúdo. Resultados – A maioria dos professores considera o ensino a distância melhor do que o presencial, principalmente, por causa da flexibilidade, que possibilita lecionarem suas aulas de qualquer lugar e, em relação ao aluno, a vantagem de assistir às aulas gravadas. Mas, os professores também reconhecem que alguns aspectos do ensino presencial facilitam o aprendizado como, por exemplo, melhor identificação das necessidades dos alunos e maior interação em sala de aula. Os professores julgaram que a interação dos alunos nas aulas online foi pior comparada às aulas presenciais, pois, segundo eles, os alunos participam menos. A percepção dos professores é de que os alunos se dedicam menos às aulas online, porque, segundo eles, a maioria da turma está com a câmera desligada e não participa efetivamente. Além disso, os professores tiveram de adaptar as suas aulas para o ensino remoto e não se identificou diferença na atuação dos professores entre as aulas ministradas nos cursos live e aulas remotas dos cursos presenciais por conta da pandemia do COVID-19. Ao serem questionados sobre as tendências de ensino para a educação executiva, a maioria dos professores, coordenadores e alunos acredita que haverá grande oportunidade para os cursos online, live e blended em virtude da flexibilidade e do alcance geográfico, principalmente, e no caso do blended, de o aluno ter a oportunidade da presencialidade, pois, apesar de o ensino a distância proporcionar diversas vantagens, os alunos e os professores sentem falta do networking que, segundo eles, é maior nas aulas presenciais. Principalmente, por conta dos momentos de intervalo das aulas. Por fim, surgiram dúvidas quanto à efetividade do networking no ambiente online, pois, segundo os alunos, acontece apenas quando os professores realizam trabalhos em grupo e dividem as turmas em grupos, no momento das aulas online. Limitações – Um aspecto limitador foi a possível influência que a autora do trabalho pode ter causado na fala dos coordenadores e dos professores por ser funcionária da instituição. A questão do tempo também precisa ser levada em consideração assim como o momento da pandemia, pois, apesar de o contato ter sido facilitado pelos coordenadores para entrevistas com alunos, muitos não puderam participar. Contribuições práticas – A pesquisa contribui como uma sinalização ao mercado e instituições de ensino para a necessidade de reflexão sobre a transformação digital no ensino e sobre o ensino a distância e híbrido para cursos executivos na área de Saúde. Contribuições sociais – A pesquisa contribui para o aperfeiçoamento das instituições de ensino em relação as suas modalidades assim como para a formação continuada de docentes para o uso das tecnologias. Originalidade – Este é um estudo na área de educação executiva em cursos de Saúde, realizado no período da pandemia do COVID-19.