O impacto do isolamento social, causado pelo COVID-19, na transformação digital da educação executiva no Brasil: um estudo de caso no Instituto de Desenvolvimento Educacional da FGV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dias, Isabella Teixeira Lack
Orientador(a): Costa, Ricardo Sarmento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/30677
Resumo: O recente isolamento social promovido pela pandemia do COVID-19 impactou de maneira efetiva o ensino presencial, em que executivos das instituições de ensino, professores e coordenadores acadêmicos se viram obrigados a alterar seus processos de negócio rapidamente, sem tempo hábil para planejamento e preparação prévia. Diversas instituições de ensino, de todos os níveis e em todo o mundo, fizeram a transição da aula presencial, para online, e a maioria delas, optaram pelo modelo de aula síncrona mediada pela tecnologia A transformação digital no ensino, processo de mudança cultural que visa a melhoria contínua, através do uso de tecnologias da informação, computação, comunicação e competitividade que, embora já fosse crescente antes da pandemia, ainda não estava consolidada, sendo assim, muitas instituições e docentes ainda não se apresentam suficientemente aptos para esta nova demanda. O presente trabalho visa entender qual foi o impacto do isolamento social, oriundo do COVID-19, na transformação digital que vinha acontecendo nas instituições de ensino executivo brasileiras. Para análise deste estudo, foi selecionado o Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi realizado um estudo de natureza qualitativa com 16 executivos do IDE, através de entrevistas semiestruturadas realizadas por videoconferência, baseadas no referencial teórico e no objetivo da pesquisa. Os dados foram tratados por um modelo desenvolvido pela autora, com base na revisão bibliográfica, categorização dos relatos, a partir da compilação das análises individuais em quadros que sintetizassem as entrevistas, e a avaliação temporal (pré e pós COVID-19). A análise dos resultados mostra que o isolamento social fez com que o IDE antecipasse ações previstas para o futuro, inovando muito mais no período de pandemia e quebrando barreiras culturais, tais como, com implantação da assinatura digital, possibilidade do trabalho em home office e criação de diferentes produtos. A rápida reação à demanda do isolamento social, com alteração dos seus processos e produtos, fez com que a FGV fosse capaz de impulsionar as vendas dos cursos de curta e média duração live e online, principalmente, apesar da baixa procura por cursos presenciais. O presente trabalho também aponta que apesar das diversas soluções em direção à transformação digital, algumas tecnológicas emergentes foram pouco ou não exploradas pelos executivos do IDE, como, por exemplo: internet das coisas e inteligência artificial. Além disso, há preocupações em relação à alguns processos no meio digital, como a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e efetividade do networking entre alunos e professores fora do ambiente presencial.