Um estudo empírico sobre a validade de medidas de criação de valor para análise dos retornos das ações no mercado brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Pereira, Sônia Bruck Carneiro
Orientador(a): Eid Júnior, William
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ROE
ROI
EVA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/4863
Resumo: O presente trabalho estuda o arcabouço teórico dos diferentes indicadores de criação de valor para os acionistas e avalia a relevância e eficácia dessas métricas como reais indicadores de geração de valor. Foram escolhidas para este trabalho cinco medidas de geração de valor que englobam métodos tradicionais e métodos modernos de avaliação: RR (Retorno Residual), RRA (Retomo Residual Ajustado), ROE (Return on Equity), ROI (Return on Investment) e LAJIDA (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização ou EBITDA). A geração de valor para o acionista foi quantificada pela variável RT (Retorno Total) definida como sendo a variação do preço da ação mais seu fluxo de dividendos. O poder de previsão é analisado através de medidas estatísticas, que visam avaliar o conteúdo informacional das medidas de criação de valor em termos absolutos, relativos e incrementais, seguindo metodologia utilizada por BIDDLE, BOWEN & W ALLACE (1997) e CHEN & DODD (1997,1998) para o mercado de capitais norte-americano. Para tanto, são realizadas análises de correlação e diversas regressões: lineares, múltiplas e forward regressions. Diversas análises de sensibilidade também são desenvolvidas, incluindo variações no cálculo do custo de capital, retirada de outliers, defasagens temporais, ajuste da variável dependente pelo índice de mercado e análise de subgrupos anuais e qüinqüenais. A amostra foi composta por 88 empresas com ações negociadas na Bovespa, examinadas ao longo de 10 anos, de janeiro de 1990 a dezembro de 1999, gerando uma matriz com aproximadamente 880 observações. Os resultados apresentam baixas correlações entre os indicadores de valor e o retorno total das ações, sendo que as diversas regressões efetuadas geram R2 reduzidos, como os resultados apresentados nos trabalhos utilizados como referência. Nas regressões lineares o LAJIDA apresenta-se como o melhor indicador e nas regressões múltiplas otimiza-se a explicação do RT ao utilizar ROI, LAJIDA e RRA em conjunto. Conclui-se que o mercado de capitais parece não utilizar de forma imperativa os indicadores de valor como ferramenta de previsão, possivelmente, porque eles mostram a realidade passada, enquanto o mercado busca explicações nas expectativas futuras. Mesmo assim, esses indicadores de valor são importantes, como ferramenta de gestão, para direcionar as atitudes dos administradores das companhias na linha da criação de valor para os acionistas.