Gestão de riscos em organizações públicas: o caso da Superintendência de Seguros Privados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Sergio Jorge Ramos de
Orientador(a): Fontes Filho, Joaquim Rubens
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/18365
Resumo: Esta pesquisa trata da gestão de riscos corporativos em organizações públicas e os desafios inerentes à sua implementação. Sabe-se que existem normas, ferramentas e métodos que auxiliam as empresas na implementação e utilização de ferramentas de gestão em geral, e, neste caso em particular, da gestão de riscos. Verifica-se, também, a existência de uma lacuna no que tange a impossibilidade de estabelecimento de um modelo padrão para gerir riscos, pois uma metodologia única não seria capaz de abarcar as especificidades de cada empresa. Sendo assim, cada organização precisa desenvolver sua própria forma de gerir seus riscos, segundo o seu perfil. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi identificar de que forma as especificidades das organizações públicas influenciam a implementação da gestão de riscos em seu âmbito. Com base na literatura sobre gestão de riscos e administração pública, buscou-se o arcabouço teórico dos aspectos considerados fundamentais para a estruturação de uma área e trabalho de riscos e para entender as diferenças entre a administração pública e a privada que impactam na implementação da gestão de riscos naquelas organizações, identificando as limitações e barreiras para tanto, de forma a subsidiar a elaboração de um roteiro de entrevistas semiestruturado. A partir disso, foi efetuada uma pesquisa de campo constituída por quatorze entrevistas com servidores da SUSEP, com larga experiência na administração pública e em implementação de ferramentas de gestão e com conhecimento sobre gestão de riscos. Como resultado da análise, a falta de engajamento e motivação dos servidores, causada por problemas relacionados com a descontinuidade na gestão, da falta de mecanismos de recompensa e reconhecimento, da sua própria estabilidade, pelas pessoas não perceberem os ganhos que podem obter com a gestão de riscos, tais especificidades da administração pública surgem como potenciais fatores inibidores para a implementação da gestão de riscos nas organizações públicas, ao passo que os principais desafios para o seu uso seriam garantir o engajamento e compromisso dos envolvidos com o processo e ter sensibilidade com a cultura organizacional lidando com fatores políticos e a rotatividade. Portanto, conclui-se que as citadas especificidades podem comprometer a implementação efetiva da Gestão de Riscos nas organizações públicas.