Finanças comportamentais: processo decisório e a heurística da ancoragem em investimentos imobiliários em fundos de pensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Silvania Godoi
Orientador(a): Kasznar, Istvan Karoly
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/17788
Resumo: A racionalidade dos agentes econômicos e a hipótese de eficiência de mercado são pressupostos fundamentais da teoria moderna de finanças. Porém, estudos empíricos têm constatado que o comportamento dos investidores nem sempre se mostra racional em tomada de decisão envolvendo risco. A partir dos fundamentos de racionalidade limitada apresentados por Simon (1957) e, posteriormente, estudos desenvolvidos por Kahneman e Tversky (1974 e 1979) sobre vieses cognitivos frequentemente observados no comportamento humano e a perspectiva relativa em tomada de decisão, surgiu o campo de Finanças Comportamentais. Esta dissertação teve por objetivo investigar o efeito da heurística da ancoragem sobre os preços e a tomada de decisão em investimentos imobiliários em fundos de pensão. O setor brasileiro de fundos de pensão conta com 307 instituições e sua carteira imobiliária soma R$ 32,7 bilhões (março/2016). O mapeamento de riscos envolvidos no processo decisório de investimentos é de grande importância para os fundos de pensão cujo objetivo é gerir seu patrimônio para prover o pagamento de benefícios a seus participantes. Neste sentido, o estudo do efeito da heurística da ancoragem sobre os preços dos imóveis contribui como uma forma de identificação de risco para a tomada de decisão em relação a este tipo de investimento. O método de investigação utilizado foi baseado no modelo de mensuração desenvolvido por Jacowitz e Kahneman (1995), cujo objetivo é medir a extensão dos efeitos da ancoragem por meio de um índice de ancoragem (IA). A heurística da ancoragem foi testada, em outros estudos acadêmicos similares, para estimativa de preços de imóveis residenciais. A contribuição deste estudo foi ampliar a pesquisa para imóveis corporativos, categoria de ativo que compõe as carteiras de investimento imobiliários dos fundos de pensão. Os resultados apontaram que a heurística da ancoragem afeta, de forma significativa, a avaliação dos preços dos imóveis e o processo decisório em fundos de pensão.