Responsabilização na administração pública brasileira: estrutura e relações no campo da função pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pimenta, Roberto da Costa
Orientador(a): Thiry-Cherques, Hermano Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/17063
Resumo: Nesta pesquisa de tese busquei a compreensão do fenômeno da responsabilização no campo da função pública federal brasileira. A partir da premissa da existência de uma estrutura de relações subjacente à realidade observável, levei a efeito a pesquisa que teve como objetivo desvelar em que condições se articulam as relações lógicas entre o sistema formal de responsabilização e as práticas e estratégias efetivas na função pública federal brasileira. A opção metodológica que adotei como orientação no processo de investigação foi a de uma abordagem qualitativa de caráter estruturalista. As bases epistemológicas que utilizei como fundamentação para o estudo foram as do primeiro estruturalismo de Levi-Strauss e da praxeologia do estruturalismo construcionista de Pierre Bourdieu. O desenvolvimento da pesquisa se subdividiu em três fases: i) a construção de um modelo teórico, derivado do raciocínio lógico; ii) a investigação empírica e a iii) interpretação. A coleta e o tratamento dos dados empíricos se deram por meio de uma triangulação de técnicas. A análise de informações obtidas por meio de entrevistas semi-estruturadas, a análise de dados quantitativos e a observação direta. Na interpretação tive como propósito lançar um olhar distinto daquele com que normalmente observamos os objetos investigados, um olhar para além dos marcos teórico e metodológico usuais nos estudos referidos à administração pública. Conclui, e esta é a tese aqui defendida, que a estrutura aparente de responsabilização no campo da função pública encobre uma estrutura subjacente, não manifesta, de salvaguarda de prerrogativas. As estratégias dos agentes do campo contribuem para a reprodução de uma moralidade que assegura a perpetuação de privilégios e vantagens.