Evolução ou extinção: um estudo de casos múltiplos sobre a articulação das indústrias brasileiras para se manterem competitivas frente aos produtos chineses e a dicotomia de fazer ou comprar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Fábio Rosa
Orientador(a): Di Serio, Luiz Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35032
Resumo: Esta pesquisa objetiva mapear as principais práticas adotadas por indústrias brasileiras diante da concorrência com empresas chinesas, bem como examinar o processo decisório relacionado à escolha entre produzir internamente (fazer) ou adquirir produtos no exterior (comprar). Para atingir esse objetivo, foi conduzido um estudo de caso comparativo envolvendo duas empresas manufatureiras. Essas empresas foram selecionadas por terem resultados opostos em relação ao tema em questão, sendo uma bem-sucedida e outra que teve sua falência decretada. O estudo visa fornecer insights valiosos sobre estratégias eficazes e desafios enfrentados por empresas brasileiras em um contexto de competição com organizações chinesas, contribuindo assim para o entendimento mais amplo da dinâmica empresarial nesse cenário específico. As ações foram mapeadas em cinco dimensões de competências: o desenvolvimento de novos produtos e de processos; os métodos de comprar ou produzir; a gestão das capacidades; as práticas comerciais e de marketing e as práticas de supply chain. No caso do Brasil, a demanda das fábricas chinesas por commodities primárias tem favorecido a balança comercial. Por outro lado, as empresas manufatureiras nacionais relatam expressivas perdas de participação de mercado em função desta concorrência. Segundo a última sondagem da Confederação Nacional da Indústria (2015), 28% das empresas brasileiras relataram ter a China como competidor em seu mercado doméstico, e destas, 57% verificaram diminuição na participação de mercado nos últimos anos. Já no mercado internacional, 59% das indústrias exportadoras demonstraram redução na participação e 11% pararam de exportar em função da perda de competitividade. Diante desse cenário desafiador, as empresas brasileiras encontram-se diante de uma dicotomia estratégica: associar-se a indústrias chinesas para a importação de produtos acabados e insumos, ou manter a produção localmente. Espera-se que esta dissertação possa enriquecer a literatura acadêmica de fazer ou comprar e de competitividade em um contexto globalizado e que as reflexões geradas sirvam de inspiração das principais práticas a serem implementadas ou evitadas neste cenário.