Por que as Gestoras de Fundos de Investimento não abrem o capital? : Um Estudo de Caso da Indústria de Fundos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pelli, Luiz Gustavo Alves
Orientador(a): Cyrino, Álvaro Bruno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/28763
Resumo: Objetivo: Esta pesquisa investiga os motivos pelos quais as gestoras de fundos de Investimento não são listadas na Bolsa de Valores Brasileira. O tema abertura de capital está ganhando relevância, em função do processo de transformação da indústria de fundos. As plataformas digitais estão mudando o modelo de negócio e as gestoras necessitarão cada vez mais de vantagens competitivas. Metodologia: Para a realização deste estudo, foi executada pesquisa qualitativa, com a participação de nove entrevistados, que representam, aproximadamente, 50% do mercado de gestão no Brasil. Os entrevistados foram selecionados por intermédio da técnica metodológica snowball, e são representantes de assets de bancos privados, públicos, independentes e especialistas do mercado. Adotou-se uma pesquisa do tipo estudo de caso, sendo a natureza deste estudo exploratória e descritiva. Resultados: Foi possível identificar o modelo de distribuição de fundos de investimento como fator chave na ausência de assets listadas na bolsa brasileira, em função da falta de um modelo de precificação e conflitos no canal distribuidor. A perda dos benefícios privados de controle foi considerada outro fator crítico para essa decisão. Na visão da governança corporativa, considera-se que as assets management de bancos são as mais preparadas para um possível processo de IPO. Limitações: A pesquisa apresenta como principal limitação o número restrito de entrevistas realizadas, dado que, o Brasil conta com aproximadamente 600 assets. Contribuições práticas: A partir dos resultados, conclui-se que é necessário desenvolver uma modelagem adequada para apuração do custo de distribuição de fundos no Brasil, o que dificulta uma precificação apropriada das gestoras em um processo de abertura de capital. Além disso, identificou-se a necessidade do desenvolvimento de estudos sobre efeito de uma eventual separação de uma gestora de conglomerado, do seu banco controlador e distribuidor dos fundos de investimento. Contribuições acadêmicas: Este estudo contribui para a discussão de um tema pouco debatido no país, ao lançar luz sobre as perspectivas dos participantes do mercado sobre a ausência de assets na bolsa de valores brasileira, sinalizando alguns dos pontos sensíveis a serem observados, para eventual início de processo de IPO.