Como o grau de atividade dos gestores explica a performance dos fundos: um estudo com fundos de investimento em ações com gestão ativa no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CIPPICIANI, Felippe Aparecido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado
Brasil
FECAP
PPG1
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/873
Resumo: As teorias tradicionais de investimento partem da premissa da competitividade do mercado de capitais e do comportamento racional dos agentes econômicos, se baseando na ausência de assimetria informacional. No entanto, o processo decisório de investimento do investidor individual é, em muitas ocasiões, permeado por comportamentos onde a racionalidade se mostra limitada, com a utilização de heurísticas que conduzem a vieses comportamentais, o que influencia as decisões financeiras, como vem sendo discutido na academia. Esta literatura tem motivado um grande conjunto de pesquisas que buscam avaliar o efeito das decisões de investimento nos retornos auferidos no mercado de capitais. Motivada por esta literatura e focando no segmento de investimento sofisticado, esta pesquisa tem como objetivo avaliar o quanto da performance dos fundos pode ser explicada pela alocação ativa de recursos. Para tanto, foi analisada uma amostra de 78 Fundos de Investimento em Ações no período de fevereiro de 2005 a abril de 2016. O método empregado foi análise de regressão com dados em painel, via efeitos fixos, com erros-padrão corrigidos conforme Driscoll e Kray (1998) e Prais e Winsten (1954), em razão da dependência temporal do painel, visando identificar os fatores determinantes dos retornos dos fundos, além de entender o papel destes fatores na gestão ativa. Além disso, foi feita uma análise dos fundos por meio dos critérios da Guia Exame, buscando entender melhor a relação entre a gestão ativa e a obtenção de resultados para as carteiras. Os resultados apontam que o grau de atividade do gestor explica a performance do fundo ativo, tendo em vista que os gestores realizaram uma gestão ativa, em 51,3% das vezes que estiverem à frente do fundo, corroborando com os resultados dos modelos econométricos e da análise do desempenho. Os resultados indicam que apenas 50,26% dos fundos realizaram uma gestão ativa. Ao considerar o alfa de Jensen como medida de desempenho, nota-se que cerca de 49,86% estiveram acima do seu índice de referência de mercado, enquanto que a análise pelo índice de Sharpe mostra uma proporção de pouco mais de 45%. Com os resultados, a hipótese nula foi rejeitada, uma vez que há evidências que elevados stock-picking propiciam melhores retornos às carteiras de ativos, realçando que a alocação ativa é capaz de gerar retornos superiores aos fundos de investimento.