A relação entre o spread de crédito e o rating de bonds de empresas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Rafael Pacheco
Orientador(a): Souza, Tiago Carvalho Machado de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
S&P
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/27451
Resumo: Este estudo busca investigar os efeitos das avaliações de qualidade de crédito da dívida corporativa brasileira promovidas pelas três principais agências de rating – Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch – no spread de crédito das emissões entre 2012 e 2018. Buscou-se observar o impacto nos spreads em uma janela de 90 dias úteis antes e depois do evento de rating, atentando para que momentos se observa variação relevante e com que magnitude, inferindo, portanto, a eficiência informacional dessas avaliações. Tais inferências são importantes visto que as empresas brasileiras passaram a acessar o mercado internacional de dívida corporativa há pouco tempo, se comparadas às empresas dos países desenvolvidos, sendo, portanto, relevante a contribuição para literatura acerca do tema no caso do Brasil. Foram utilizadas análises econométricas de quebra de nível dos spreads em intervalos de tempo pré-definidos em torno do evento, controlando por efeitos de custo de financiamento global, através da curva soberana dos títulos norte-americanos, da percepção de risco soberano brasileiro, através do risco-país, e do VIX, índice de volatilidade do mercado norte-americano. As evidências encontradas indicam impactos significativos das mudanças de rating nos spreads idiossincráticos das emissões, com reduções para upgrades e aumentos para downgrades, com algumas diferenças em relação à literatura sobre o tema. Ademais, observamos que o efeito no spread total para upgrades vem majoritariamente da redução do spread idiossincrático, enquanto os aumentos nos downgrades vêm principalmente de pioras sistêmicas. Estes efeitos variam quando analisada cada agência separadamente, sendo Moody’s e S&P com efeitos similares e Fitch sem impacto estatisticamente significativo.