Pobreza, aglomerações produtivas e a base da pirâmede: o caso do APL de confecções e moda do município de Itaperuna/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Farah, Henrique Viterbo
Orientador(a): Faria, Alexandre de A.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
APL
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/28615
Resumo: A despeito do crescimento médio do PIB mundial, pobreza e desigualdade continuam crescendo em diversas regiões do mundo, especialmente no Sul Global. A literatura da gestão e das organizações demonstra uma crescente preocupação, ao mesmo tempo que expande o modelo dominante de Base na Pirâmide (BoP) por meio do desprezo de alternativas observadas em diferentes partes do mundo. A principal crítica ao BoP sugere que a proposta de transformar pobres em consumidores em economias emergentes deve ser substituída pela proposta de transformar pobres em empreendedores. Esse trabalho desafia essas propostas por meio da análise de aglomerados produtivos, principalmente os APLs que se sobressaem na realidade brasileira, comprometidos com desenvolvimento econômico local – ao invés de desenvolvimento de indivíduos – e a consequente diminuição da pobreza no município de Itaperuna - RJ. A atividade têxtil na região funciona há mais de 30 anos e é considerada um vetor econômico regional, não apenas atraindo consumidores de vários outros municípios e estados, mas também cumprindo funções sistêmicas de desenvolvimento que são desconsiderados pelo modelo do BoP. O estudo foi realizado por meio de análise do discurso de entrevistas semiestruturadas com os participantes do APL e da população da região. Análise mostrou que os aglomerados produtivos contribuem positivamente para elevar a competitividade sistêmica de indivíduos, organizações e regiões locais, favorecendo a redução da pobreza e da desigualdade sob uma perspectiva que poderia ser reconhecida pelos defensores da universalidade do BoP para a redução da pobreza. Pesquisas comparativas adicionais que contemplem alternativas ao BoP devem ser realizadas, principalmente considerando outros aglomerados produtivos.