Produtividade máxima econômica de grãos de soja no Brasil: um estudo sobre a relação entre a estrutura de custos e receitas do produtor de soja em grão e a produtividade observada no campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Koren, Lucas Magro
Orientador(a): Dourado Neto, Durval
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31594
Resumo: O objetivo deste trabalho é propor um método capaz de evidenciar à agricultura a melhor forma de se comparar a produtividade observada no campo com a produtividade máxima econômica, a qual depende de outros fatores que não somente os determinantes e os limitantes. Dessa forma, a partir de modelagem matemática e estatística, baseadas em dados reais e estimados, o trabalho propõe metodologia robusta, viabilizando a toda a agricultura evidências para a melhor tomada de decisão no campo. Para aferia a produtividade máxima econômica, são necessárias informações de preços e custos, logo este trabalho realizou simulações para estas variáveis. Ao todo, foram gerados três cenários: o primeiro tem o desvio padrão do coeficiente angular da curva de custo total calculado de maneira empírica; o segundo apresenta o desvio padrão deste coeficiente calculado com base no coeficiente de variação da série de preços; e, por fim, o terceiro utiliza o coeficiente de variação dos custos fixos como um approach ao desvio padrão do coeficiente angular dos custos totais. Ademais, estes cenários foram testados sobre três diferentes distribuições às variáveis. Para a distribuição normal dos dados, o segundo cenário foi o que mais se aproximou da realidade local. Todavia, ao se considerarem as distribuições normais truncadas das variáveis e as distribuições que mais se adequassem a elas, notou-se que o primeiro cenário foi aquele mais aderente à realidade nacional de lavouras de grãos de soja. Portanto, com base em todas as combinações feitas a partir das 100 simulações calculadas às variáveis endógenas do modelo, para cada cenário e tipo de distribuição, foi possível observar que, de fato, no Brasil, a produtividade máxima econômica, intrinsicamente, é alcançada pelos produtores rurais. Em outras palavras, uma vez que o agricultor tem observado relações de troca entre receitas e custos cada vez mais deterioradas ao longo do tempo, este tem focado em controlar os aumentos de produtividade no campo, a fim de garantir suas margens. É isso que apontam os valores endógenos utilizados na modelagem da produtividade máxima econômica média, seja qual for o cenário estudado. Caso demandem-se aumentos de produtividade, assim como todos os cenários apontam a possibilidade, tem-se a necessidade de preços de comercialização mais altos. Contudo, vale destacar que a precificação do grão ocorre através do mercado, transformando o produtor em tomador de preços, apertando-o ainda mais na concessão de novas tecnologias que fomentem avanços de produtividade. Por fim, apresentou-se o IDK, índice adimensional com o foco em demonstrar espaços para ganhos de produtividade aos agricultores. De maneira simplificada, o IDK aponta, a partir da relação de custos e despesas, a possibilidade de maiores ganhos de produtividade, sem que as margens sejam deterioradas e, assim, a renda se mantenha no campo.