Poder de mercado e lucratividade: um estudo do setor bancário da América Latina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Hordones, Cristiano Augusto Costa Melo
Orientador(a): Sanvicente, Antonio Zoratto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/27158
Resumo: Nas últimas décadas, o setor bancário da América Latina foi amplamente aberto à participação estrangeira, a fim de aumentar a concorrência e a eficiência. Privatizações e grande número de fusões e aquisições modificaram as condições competitivas do setor. Por meio do modelo SCP (Structure-Conduct-Performance), foi testada a relação entre poder de mercado e lucratividade, para verificar o impacto da concentração bancária na competição, e o impacto desta na lucratividade dos bancos, através de uma amostra com 16 países da América Latina, para o período 2011-2017, utilizando regressão de dados em painel. Todos os países foram caracterizados como mercados de competição monopolística, através do modelo de Panzar e Rosse (1987), medida de competição bancária. Constata-se que o Brasil apresenta índice de competição de 0,49, o menor dos países estudados. Já Chile e Uruguai apresentam números acima de 0,80, considerados elevados, indicando maior competição no mercado bancário. A concentração foi medida pelos índices HHI e CRk, calculados com base no ativo total dos bancos. O Brasil, a maior economia da região, possui índice HHI de 1187, inferior à média da região. Com relação aos índices de lucratividade, o Brasil possui ROA mais baixo que a média da região e ROE em linha com a média. Por fim, as regressões para verificar a ligação entre competição e concentração e competição e lucratividade não encontram relação estatisticamente significativa entre as variáveis. Dessa forma, rejeitou-se as hipóteses do modelo SCP, que afirmam que a concentração diminui a competição, levando a maior lucratividade do setor.