Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Bruno Melchior |
Orientador(a): |
Faria, Alexandre de A. |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10438/17846
|
Resumo: |
A literatura dominante sobre riqueza na base da pirâmide (BoP) vem sendo acompanhada de diferentes críticas acadêmicas, em paralelo à expansão desse modelo em diversos países e ao continuado desprezo pelo papel exercido por organizações públicas de desenvolvimento no âmbito da pobreza. O estudo objetivou compreender por que e como o BNDES atua para a superação da pobreza no Brasil. Além de análise bibliográfica e documental, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com funcionários do Banco e membros de cooperativas beneficiadas por financiamentos do Fundo Social, representando casos de sucesso e fracasso. Embora a redução de desigualdades faça parte da missão do Banco, a superação da pobreza é um propósito aparentemente secundário. Uma das questões centrais é que a instituição é percebida por gestores e técnicos como articuladora e até mesmo promotora de dinamização local, sem atuação direta sobre a pobreza como proposto pela literatura de BoP. A cultura de desenvolvimento industrial e a estrutura organizacional contribuem para a desvalorização da agenda dominante de combate à pobreza. Em resposta, o poder público, agentes de crédito e instituições controladas por organizações privadas compõem redes que aumentam a capilaridade e o poder de intervenção do BNDES. Além de problemas com organizações privadas, O Banco enfrenta dificuldades nas parcerias com organizações públicas, no alcance das regiões Norte e Centro-Oeste, e na capacidade de acompanhamento e monitoramento dos resultados. A despeito das limitações, projetos ligados à Área Social possuem poder de transformar realidades de indivíduos, negócios, comunidades e regiões, estimulando o cooperativismo e empresas com foco em economia solidária. O estudo 'surpreende' tanto os arautos da agenda específica BoP (que negam bancos públicos e tratam 'pobres' sob perspectiva reducionista específica) quanto os que questionam a agenda sistêmica. O Banco promove uma agenda sistêmica específica de desenvolvimento (desenvolvimentismos). Merecem outros estudos o BoP sob a ótica alternativa produzidos no terceiro mundo. |