Estimativa da Curva de Phillips desagregada para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Lucas Natal Ferreira dos
Orientador(a): Matos, Silvia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IPA
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31487
Resumo: O objetivo do presente trabalho é estimar um conjunto de Curva de Phillips Híbrida Novo Keynesiana desagregadas para o Brasil durante o período de 2003 a 2019. Nos modelos de previsão da inflação do grupo alimentação domiciliar, bens duráveis e bens semiduráveis e não duráveis foram utilizadas como variável explicativa os Índices de Preços ao Produtor Amplo (IPA) do FGV IBRE. Foram realizados exercícios out of sample para os anos de 2018 e 2019, e dentro destas desagregações, o modelo que gerou o menor erro quadrático médio (EQM) foi o de bens industriais duráveis com 0,217. Para os serviços, o EQM foi de 0,118. Adicionalmente, foram analisados modelos de previsão para os Índices de Preços ao Produtor Amplo, que inclui como variável explicativa os custos dos insumos setoriais, baseado na estrutura do consumo intermediário da Matriz Insumo Produto de 2015. Os resultados mostram que é possível obter boa estimativa para o IPA se utilizando dos custos, porém que eles sozinhos não são capazes de explicar toda a variação o que comprova a existência de variáveis ocultas não estudadas neste trabalho. Análises mais desagregadas são úteis para ampliar o entendimento dos principais determinantes da inflação de preços livres, destacando o papel dos preços ao produtor, que está relacionado ao estágio de comercialização anterior ao consumo final. Além disso, desde o ano passado, o mundo vem passando pela crise pandêmica gerada pela Covid-19. Houve um expressivo choque de oferta, com paralisação de fábricas com o objetivo de conter a disseminação da doença, afetando toda a cadeia produtiva. Com as políticas de estímulos fiscais e monetários adotadas e as mudanças no padrão de consumo das famílias, o impacto inflacionário em bens tem sido intenso. Este acontecimento mostra a importância de se analisar os custos de produção, refletidos nos índices de preços ao produtor, para se avaliar o impacto no preço final ao consumidor.