Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Brito, Eduardo Valadares de |
Orientador(a): |
Cruz, Tássia de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35342
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Resumo: |
Busca-se, nesta dissertação, compreender se o teletrabalho influencia a amamentação após o período de licença maternidade. O período temporal estudado é posterior à licença maternidade, pois é o momento de retorno ao trabalho. Então, busca-se aferir se o teletrabalho é instrumento apto à auxiliar a continuação da amamentação até os dois anos de idade da criança, que é a idade mínima recomendada pela OMS para o aleitamento materno. O método qualitativo foi utilizado na construção desta relação para responder a questão problema. Ao coletar dados primários que descreviam fatos e fenômenos, por meio de entrevistas semiestruturadas, faz-se necessária uma abordagem descritiva exploratória. Ressaltou-se, o fenômeno amamentação no trabalho, e como as entrevistadas o compreendem e o vivenciam. Foram lançadas três proposições para auxiliar na resposta do problema de pesquisa: o nível educacional contribui para uma decisão positiva de amamentar e de sua continuação até os 2 anos – proposição 1 (P1); a presença física do bebê estimula a amamentação – proposição 2 (P2); e, o teletrabalho evita desmame precoce – proposição 3 (P3). P1 e P2 se mostraram convergentes aos dados coletados; P3, não. Importante achado de pesquisa foi revelado: o teletrabalho não é autossuficiente para manutenção da amamentação de uma mulher servidora por si só. A rede de apoio revelou-se como requisito para a viabilidade do teletrabalho durante a amamentação. Ainda assim, os resultados convergiram para apontar o teletrabalho como um fator facilitador da amamentação, principalmente por promover uma maior presença e proximidade entre mães e filhos. Limitações do estudo diz respeito ao grupo de mães entrevistadas, que são servidoras públicas, todas com nível superior e que efetivamente podem trabalhar remotamente. Desconsiderou-se profissionais que necessariamente têm que se deslocar, como motoristas, por exemplo. O estudo é tema relevante do ponto de vista de saúde e do trabalho. Apesar das limitações à determinadas carreiras e profissões, o teletrabalho, durante a amamentação, pode ser replicado teoricamente em diversos setores da Administração Pública. Para sociedade e saúde pública, o valor público gerado pela continuação de uma amamentação até os dois anos pode ser capaz de justificar, inclusive, eventual licença (parental) por período de 101 semanas; como ocorre na Noruega. Para a Administração Pública e órgãos como a Defensoria Pública da União, o resultado pode ser traduzido em servidoras mais integradas ao ambiente familiar no momento inicial da maternidade, sem perder produtividade, dado o menor grau de ansiedade e maior satisfação em função da coexistência do regime de teletrabalho e da lactação. |