Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gouvêa, Breno Vieira de |
Orientador(a): |
Lima, Diego de Faveri Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/28551
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Resumo: |
Objetivo - Investigar, à luz das teorias de psicologia social e tomada de perspectiva, novas formas de chamar a atenção para a causa das pessoas em situação de rua e, consequentemente, estimular maior empatia e comportamentos pró-sociais para com elas. Metodologia – O desenho de pesquisa experimental between-subjetcs foi utilizado nos dois estudos realizados. No primeiro, o questionário foi distribuído de forma online via Facebook Ads e manipulou panfletos de captação de recursos para pessoas em situação de rua. Quatro condições experimentais foram utilizadas: (1) foto do morador de rua com um cachorro (interação animal-humano); (2) foto do morador de rua sem o cachorro; (3) foto do cachorro; (4) foto de um astrônomo (grupo de controle). No segundo estudo, a amostra foi coletada pelo autor em estudo de campo e manipulou, com o auxílio de óculos de realidade virtual, as duas primeiras condições experimentais do primeiro estudo. Análises estatísticas foram utilizadas para testar os efeitos das manipulações e na comparação dos resultados dos estudos 1 e 2. Resultados – A experiência de tomada de perspectiva via imersão em realidade virtual estimulou mais comportamentos benéficos socialmente quando comparada ao método tradicional de imagem e mensagem com vítima identificada (folheto). O uso de animais em materiais de captação, contudo, apresentou resultados mistos: funcionando apenas para incrementar intenções de doação quando combinado com a realidade virtual. Ademais, participantes demonstraram enxergar pessoas em situação de rua como semelhantes a cachorros em termos evolutivos. Limitações – Ambos os estudos utilizaram desenhos de pesquisa que obrigavam participantes a prestar atenção na causa situação de rua. Talvez, cachorros sirvam para chamar a atenção em um momento anterior, quando a situação de rua ainda não foi evidenciada. Além disso, o pedido de doação envolveu apenas intenções e não desembolsos reais; o ambiente de imersão virtual durou apenas 1 minuto e não possibilitou interações dos participantes com a realidade virtual; a amostra do segundo estudo foi relativamente pequena e as variáveis dependentes foram medidas apenas imediatamente após as experiências, deixando de capturar efeitos de médio e longo prazo. Contribuições práticas e sociais – Dada a magnitude do problema em termos globais e a conclusão de que métodos imersivos de tomada de perspectiva são mais eficientes para gerar atitudes benéficas socialmente, o presente trabalho pode estimular ONGs, agentes governamentais e cidadãos em geral a promoverem campanhas de arrecadação de recursos e/ou conscientização baseadas em realidade virtual. Esse tipo de iniciativa já foi realizada para benefício da população em situação de rua dos Estados Unidos pelo movimento Seeking Shelter, na Carolina do Norte. Originalidade – A utilização de ambientes de imersão virtual no Brasil para aproximação com a causa situação de rua e a ideia de que cães podem ser elos de conexão entre grupos segregados socialmente. |