O setor empresarial no Brasil e a adaptação ao risco climático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Batista, Deborah Câmara
Orientador(a): Delgado, Jorge Juan Soto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31094
Resumo: A mudança climática ocasiona impactos físicos e mudanças sistêmicas profundas. No ambiente de negócios esses impactos podem ir além das mudanças dos ambientes competitivo e político. A mitigação sozinha não será suficiente para endereçar os impactos da mudança climática o sugere que as adaptações podem amenizar efeitos deletérios, constituindo-se como resposta importante aos desafios. A complexidade do problema requer envolvimento de todos os setores visando soluções. Em especial, o setor empresarial tem interesses a proteger e um papel a desempenhar já que a mudança global do clima pode resultar em perda de fatores produtivos e declínio da produtividade, além do enfraquecimento ou destruição de infraestrutura. Este estudo visa contribuir ao entendimento do potencial da adaptação à mudança climática na melhora da resiliência e na redução da vulnerabilidade do setor empresarial, aprofundando-se na experiência de três empresas brasileiras. O estudo faz uma análise qualitativa descritiva através de uma pesquisa exploratória usando o método de estudo de caso múltiplo. Seus resultados contribuem para a discussão dos conceitos, práticas e fatores decisórios presentes nas estratégias de empresas com projetos de adaptação, reforçando o olhar para riscos e oportunidades. Entre outras coisas, a pesquisa revelou posturas de aversão a risco com a implantação de medidas de adaptação soft e hard, no e low regret. As três empresas estudadas adotam horizontes de longo-prazo em seus planejamentos e avaliações de riscos, bem como processos multifásicos de gestão de riscos. Cientes de suas vulnerabilidades, adotam posturas preemptivas integrando a avaliação de riscos climáticos às tomadas de decisão estratégica, visando um olhar sistêmico que pouco a pouco se estenda a suas cadeias de valor. Além das medidas mitigadoras do risco, as três estão explorando oportunidades como novos produtos, serviços e mercados. Há diferenças em suas abordagens em virtude, principalmente, das características dos setores em que atuam. Abordagens colaborativas e participativas, assim como arranjos envolvendo atores múltiplos estão entre as tendências emergentes, enquanto a comunicação sobre adaptação, obtenção de informações de qualidade sobre o clima, e mensuração de resultados constituem desafios.