Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Casa, Juliano Árabe |
Orientador(a): |
Sant’Anna, Anderson de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35093
|
Resumo: |
Nos últimos 20 anos, registra-se aumento significativo na adoção de programas de desenvolvimento profissional estruturados pelas empresas, especialmente as de grande porte. Esses programas visam formar sucessores e gerar diferencial competitivo por meio da força de trabalho. No entanto, a representatividade feminina em posições executivas não tem crescido na mesma proporção e velocidade. A dificuldade de ascensão das mulheres em suas carreiras e conquista de cargos de liderança tem sido amplamente debatido desde os anos 80, quando o conceito do "teto de vidro" ganhou visibilidade. No Brasil, cerca de metade dos lares depende majoritariamente da renda feminina, o que confere ainda mais relevância econômica e social a essa questão. Diversas dificuldades são enfrentadas pelas mulheres em sua jornada profissional, que podem ser agrupadas em esferas macro, meso e micro. Na esfera macro, temos questões da sociedade em geral, legislação e normas sociais patriarcais. Na esfera micro, encontramos as relações pessoais e os vieses de discriminação individual. Já na esfera meso, os desafios enfrentados no ecossistema organizacional, escola e família. Nesta esfera, o acesso e a percepção de relevância das Intervenções de Desenvolvimento Profissional (IDP) entre homens e mulheres ainda carece de dados quantitativos na literatura científica. Por isso, este trabalho se propõe a investigar até que ponto o acesso e a percepção de relevância das IDP diferem entre homens e mulheres. Utilizando a técnica de survey, foram coletados dados de 231 respondentes válidos no Brasil, entre homens e mulheres, executivos e não-executivos. A pesquisa avaliou o acesso às principais IDP e a percepção de relevância dessas intervenções através de uma escala Likert de cinco pontos. Os resultados revelam que há pouca diferença de acesso às IDP entre homens e mulheres, e que a percepção de relevância é similar. Há similaridades para homens e mulheres entre as IDP com melhores e piores escores, bem como as tidas como prioritárias ao alcance da carreira executiva. Com base nesses dados, podemos concluir que concomitantemente ao avanço dos programas de desenvolvimento corporativo nos últimos anos houve maior democratização de acesso das mulheres às IDP, com percepção de relevância semelhante à dos homens. No entanto, a disparidade de gênero na camada executiva ainda persiste. Diante disso, podemos afirmar que o "teto de vidro" no Brasil não está relacionado apenas ao acesso às IDP ou à preparação adequada das mulheres para a sucessão, mas está conectado a outras desigualdades, como preconceitos e vieses individuais, obstáculos difíceis de serem sistematicamente combatidos e que ainda demandam mais estudos e intervenções. |