Custo social das mulheres executivas: a trajetória de ascensão de carreira até o topo das organizações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Biral, Fernanda Fernandes
Orientador(a): Cepellos, Vanessa Martines
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/29849
Resumo: Nesta pesquisa objetiva-se melhor compreender o custo social na trajetória de carreira de mulheres executivas, fenômeno este que se torna relevante com o aumento do número de mulheres que, nas últimas décadas, conseguiram assumir cargos de liderança em organizações no Brasil, embora as definições de carreira de sucesso ainda têm suas bases masculinas. Mesmo sendo encorajadas a assumir posições equivalentes as dos homens, valorizando seu potencial e independência, administrar as carreiras torna-se algo complexo para as mulheres executivas. Portanto, o trabalho nos orientou a explorar como as mulheres executivas definem e experimentam o custo social ao longo da trajetória de carreira e a discussão tornou-se relevante na medida em que os estudos deste tipo ainda são escassos na literatura nacional e internacional. Os dados para a pesquisa foram obtidos de 20 entrevistas semiestruturadas com lideranças femininas de 35 a 60 anos de idade. Metodologicamente foi utilizado uma abordagem qualitativa e o método de pesquisa foi a narrativa, que, de acordo com Gil (2019), é uma boa alternativa para descrever as histórias e experiências vividas por estas executivas. Desta forma, buscou-se entender qual o custo social para estas mulheres atingirem posições de liderança. A pesquisa concluiu que são diversos os assédios, preconceitos e discriminações vividos por estas mulheres no ambiente corporativo, e isso é uma forma com a qual elas definem custo social para ascender a carreira. Não obstante, a estes fatores somam-se também problemas de saúde. Os dados ainda sugerem determinada fragilidade da mulher na medida em que ela começa a trilhar uma agenda complexa de executiva e se depara com questões pessoais essenciais para construção de uma identidade social. Por fim, o trabalho contribui revelando qual o custo social que estas executivas enfrentaram ao longo da carreira e ações que podem minimizar e ser implementadas com o objetivo de promover mudanças de âmbito organizacional.