Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Machado-Martins, Túlio César Pereira |
Orientador(a): |
Loureiro, Maria Rita Garcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/36669
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Resumo: |
Objetivo: O propósito deste estudo é compreender as lógicas institucionais que regem a atuação das entidades fiscalizadoras superiores na implementação de políticas públicas, a partir da análise empírica do papel desempenhado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas concessões ferroviárias brasileiras ocorridas desde a década de 1990. Originalidade/Valor: O estudo identifica e interpreta os fatores que reforçam as lógicas institucionais de controle preventivo exercido pelo órgão de controle externo nas concessões públicas, assim como os limites da legitimidade democrática dessa atuação, considerando o conflito dessas lógicas institucionais com as subjacentes ao desenvolvimento da política pública por meio de um processo de desestatização. Dessa forma, a pesquisa contribui para os estudos sobre os limites da atuação prévia, preventiva e na avaliação de políticas públicas em ações de controle externo. Design/Metodologia/Abordagem: Trata-se de estudo das lógicas institucionais com abordagem interpretativista, baseada no institucionalismo sociológico. As lógicas foram identificadas a partir da literatura sobre Controle da Administração Pública, Teoria Democrática e Teoria Institucional, e trianguladas com as decisões do TCU relacionadas ao tema, bem como de entrevistas semiestruturadas realizadas com 24 atores institucionais selecionados. Resultados: O estudo revelou que a lógica “desestatizante” que tem orientado o desenvolvimento da infraestrutura de transportes do Brasil, conflita com a lógica de controle prévio intensivo predominante na atuação do TCU. Ainda que as intervenções prévias tenham gerado resultados gerais avaliados como satisfatórios pelos stakeholders e que a atuação seja coerente com o histórico de casos de corrupção no setor, verificou-se que os custos transacionais e de oportunidade, relacionados ao excesso de prazo de tramitação processual e à recorrência de pedidos de diligências, não têm sido considerados na análise de custo-benefício das ações de controle. As diferentes percepções de urgência e dos obstáculos que condicionam e limitam as ações dos agentes públicos indicam uma forte atuação política do órgão de controle no processo decisório sem a necessária legitimidade democrática. |