Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Crestana, Carlos Eduardo Dorsa |
Orientador(a): |
Brito, Luiz Artur Ledur |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10438/27307
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Resumo: |
Os prêmios da qualidade tornaram-se populares no final da década de 1980, reconhecendo as empresas que se destacaram na implantação de práticas de gestão da qualidade. No Brasil, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) foi a responsável por essa premiação. Originalmente focada em grandes empresas, a FNQ desenvolveu o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), e, em parceria com o SEBRAE criou o MPE Brasil, que premia micro, pequenas e médias empresas que se destacam no uso de práticas de gestão. O modelo da FNQ foi desenvolvido a partir da prática empresarial a partir do movimento da qualidade sem uma fundamentação teórica. Este trabalho avalia e critica o modelo proposto pela FNQ para micro, pequenas e médias empresas segundo a perspectiva da Resource-Based Theory (RBT). As práticas de gestão foram tomadas como capacidades que têm diferentes níveis conforme modelo proposto por Brito e Sauan (2016). Estas capacidades têm barreiras ao desenvolvimento que provocam uma heterogeneidade no nível das práticas e consequente heterogeneidade no desempenho. Foram empregados métodos estatísticos como análise fatorial exploratória e regressão logística, utilizando uma base de dados com mais de 150.000 empresas que responderam o formulário da FNQ. Como resultado, identificou-se que as 31 práticas de gestão medidas pelo modelo MEG podem ser agrupadas em três fatores: Desenvolvimento e Relacionamento Externo, Gerenciamento Operacional e Visão e Estratégia. Estes fatores podem ser vistos como macro capacidades, cada uma agrupando um conjunto de práticas. Este resultado sugere que o modelo do FNQ é desnecessariamente complexo para o ambiente de micro, pequenas e médias empresas e poderia ser simplificado. Regressões logísticas confirmaram a existência de relação positiva entre o nível dessas macro capacidades, refletindo o grau de desenvolvimento das práticas de gestão, e desempenho das empresas, como prevê a Resource-Based Theory (RBT). O trabalho identificou que a relação entre o nível das capacidades e desempenho não é linear. As capacidades Desenvolvimento e Relacionamento Externo e Visão e Estratégia oferecem retornos crescentes ao nível da capacidade, enquanto a capacidade Gerenciamento Operacional apresenta retornos decrescentes. Sob a perspectiva prática os resultados indicam caminhos para a simplificação do modelo da FNQ para micro, pequenas e médias empresas contribuindo para o aumento da competitividade das mesmas. Sob a perspectiva teórica, o trabalho contribui para a identificação e mensuração das capacidades operacionais e para o entendimento da relação entre o nível dessas capacidades e o desempenho. |