A diversidade na Advocacia-Geral da União: percepções sobre a gestão da diversidade e o engajamento dos servidores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Camargo, Fábio da Silva
Orientador(a): Gaetani, Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34492
Resumo: Objetivo – A presente pesquisa pretendeu investigar, na Advocacia-Geral da União (AGU), as percepções dos servidores acerca da gestão da diversidade no órgão e de que maneira ela afeta o engajamento dos servidores da organização. Metodologia – A pesquisa qualitativa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com integrantes do quadro da AGU, compreendendo a PRU1, PRF2, PRU3 e SGA, o que tornou a pesquisa geograficamente dispersa, e a amostra, significativa do ponto de vista da diversidade, um dos construtos principais do trabalho. Posteriormente, foi efetuada a análise de conteúdo, cujo objetivo era extrair categorias que demonstrassem quais fatores afetam o engajamento dos servidores da organização. Resultados – Entre os principais resultados, destaca-se que, embora a alta direção da instituição esteja comprometida com a diversidade, principalmente a partir da posse desse governo, a AGU é um órgão eminentemente branco e ainda é preciso institucionalizar ações no sentido de tornar a instituição mais diversa e, assim, promover a inclusão. Foi possível também constatar que mulheres brancas têm mais espaço que mulheres negras na instituição e que é preciso ações mais efetivas para que essa categoria participe efetivamente no processo decisório do órgão. Treinamento e letramento também merecem atenção da direção do órgão. Limitações – A limitação do trabalho se deve, principalmente, à impossibilidade de se efetuar a pesquisa em todas as regiões administrativas da AGU, além da pequena quantidade de servidores entrevistados. Os resultados, por meio de uma pesquisa mais ampla, conseguiriam detectar com mais precisão as percepções de todos os servidores do órgão acerca do tema. Contribuições Práticas – Ao revelar que a AGU é um órgão onde a diversidade precisa ser melhor trabalhada, por meio de ações visando equalizar questões de raça e gênero, o presente estudo pode contribuir, por meio deste singelo diagnóstico, que necessita de ampliação, para direcionar estudos e a implantação de ações voltadas à equalização das discrepâncias encontradas, além de contribuir para a conscientização dos dirigentes de que há um longo caminho a ser percorrido no sentido de ampliar o acesso de categorias minoritárias às carreiras da advocacia pública. Contribuições Sociais – Uma das maiores contribuições desse estudo reside no fato dele poder se tornar um precursor de um estudo qualitativo mais amplo sobre gestão da diversidade e engajamento em instituições públicas. Além disso, poderá ser expandido para toda a Administração Pública Federal, o que poderá contribuir para tornar a representatividade da burocracia brasileira mais inclusiva e mais equânime do ponto de vista das oportunidades. Originalidade – Trata-se do primeiro estudo qualitativo sobre engajamento dentro da Advocacia-Geral da União, tornando-o importante do ponto de vista de um diagnóstico mais abrangente sobre o tema.