Da tela ao até logo: o impacto do estresse tecnológico sobre o desengajamento no serviço público brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Carlos Alfredo Lopes Vieira dos
Orientador(a): Mansur, Juliana Arcoverde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35240
Resumo: Objetivo – O estudo busca investigar de que maneira o estresse tecnológico (ET) influencia o equilíbrio entre trabalho e não-trabalho (ETNT), e de que forma ambos atuam como mecanismos para explicar o desengajamento do trabalho (DT) de servidores na administração pública no Brasil, além de averiguar o efeito moderador do suporte social (SS) percebido em cada um desses ambientes, trabalho e não-trabalho. Metodologia – A pesquisa desenvolvida utilizou uma abordagem quantitativa do tipo Survey. Os dados foram coletados mediante questionário online distribuído aos participantes (n = 487), todos servidores públicos ativos. Foram adotadas a subdimensão de burnout para medir o desengajamento do trabalho (versão validada para o Brasil), a de equilíbrio global entre trabalho e não-trabalho, a de estresse tecnológico (versão reduzida, com sobrecarga, invasão e complexidade) e a subescala de suporte social disponível percebido (emocional e instrumental). Resultados – Os resultados obtidos sugerem que o estresse tecnológico influencia negativamente o equilíbrio entre trabalho e não-trabalho, e tal equilíbrio, além de possuir efeito mediador na relação entre ET e DT, está negativamente relacionado ao desengajamento. Ainda, que o suporte social no não-trabalho modera a relação entre ET e ETNT, efeito este não observado no suporte social no trabalho, que apresentou, porém, efeito direto e negativo no DT. Limitações da pesquisa – Os dados foram coletados por questionário único que recolheu a percepção de pessoas que trabalham no serviço público, assim os resultados provavelmente receberam a interferência do denominado viés do método comum e o da desejabilidade social. Aplicabilidade – O estudo traz aplicação à gestão do comportamento organizacional público. Contribuições práticas – Os achados sugerem uma relação significativa entre o estresse tecnológico e o desengajamento do trabalho, de modo que podem auxiliar políticas de gestão de pessoas em órgãos públicos que mitiguem efeitos da sobrecarga, invasão e complexidade tecnológicas sobre os servidores, sobretudo a partir do incremento do suporte social no trabalho. Contribuições sociais – A pesquisa reflete no campo da saúde e segurança do trabalho de servidores públicos, inclusive no cuidado com o não-trabalho, o que traz benefícios indiretos para a sociedade e o cidadão. Originalidade – O estudo avança na agenda de investigação de uma das consequências do estresse tecnológico, o desengajamento, sob um modelo que os correlaciona com o equilíbrio entre o trabalho e o não-trabalho e o suporte social, voltando-se, ainda, para o serviço público.