O impacto da performance climática no risco empresarial da Equinor: uma análise da causalidade dinâmica entre as emissões de gases de efeito estufa, o valor da empresa e o prêmio de risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cardozo, Gustavo Barros
Orientador(a): Santos, Rafael Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/33318
Resumo: Este estudo investiga empiricamente as relações dinâmicas de causalidade entre a performance climática e o risco de geração de valor da Equinor, empresa de óleo e gás com sede na Noruega, Europa, mercado comparativamente maduro em questões climáticas, durante o período de 2009 a 2021. A performance climática é medida pela emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a variável produção é contemplada como medida de eficiência, enquanto o risco de geração de valor é analisado por duas variáveis: o valor da empresa, controlado pelo resultado operacional (EV/EBITDA); e o prêmio de risco, controlado pelo preço do Brent, referência europeia do petróleo, isolando as suas possíveis influências nas taxas de juros (Prêmio de Risco/Brent). A hipótese geral deste estudo estabelece que a redução da emissão de GEE reduz o risco da Equinor, com o aumento esperado do valor da empresa, além da redução do prêmio de risco. A análise utilizada foi o Modelo Autorregressivo Vetorial (VAR), complementado pela Função Impulso-Resposta (FIR), além da decomposição da variância. Os resultados revelam a rejeição da hipótese geral: a redução das emissões de GEE não reduz o risco na geração de valor da Equinor, pois a emissão de GEE aumenta com o aumento da produção, o EV/EBITDA aumenta com o aumento da emissão de GEE e o Prêmio de Risco/Brent reduz com o aumento da emissão de GEE. A decomposição da variância revela autodependência majoritária da produção, que também tem impacto significativo na decomposição da emissão de GEE. O EV/EBITDA e o Prêmio de Risco/Brent dependem em maior grau das suas próprias ocorrências, com alguma influência da emissão de GEE. Em conclusão, recomenda-se a continuidade do estudo, pois os horizontes mais recentes das séries analisadas parecem caminhar sistematicamente e intuitivamente para a confirmação da hipótese geral.