Estrangeiras do próprio país: memória, espaço e representatividade das mulheres nas torcidas de futebol do Rio de Janeiro (1910 - 1950)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araújo, Daniela Torres de
Orientador(a): Hollanda, Bernardo Borges Buarque de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34812
Resumo: Este trabalho elabora um panorama sobre as narrativas jornalísticas acerca da presença feminina nas torcidas de futebol dos estádios do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1910 e 1950. O estudo foi realizado através da busca pelos termos torcida e filtrados pelo gênero representado nos periódicos Jornal do Brasil, O Paiz, Jornal dos Sports e a revista ilustrada Vida Sportiva: hebdomadário esportivo e vida mundana. O espaço temporal, apesar de extenso, é importante para entendermos a mudança nas representações das mulheres torcedores no espaço futebolístico e como tais narrativas criaram e impactaram na memória torcedora. O trabalho lança luz sobre a discussão interseccional de gênero, classe e raça no universo esportivo a partir do binômio ator-torcedor, uma vez que o espectador de futebol tem participação ativa no espetáculo esportivo. A partir de um olhar panorâmico e diacrônico sobre os acontecimentos no período, é possível identificar a transição do ideal de torcer feminino para o masculino. Nas primeiras décadas do século XX, a mulher era a maior representante do modelo de performance nas arquibancadas. Após o crescimento, a diversificação das classes sociais e a proibição da prática futebolística às mulheres, a presença feminina passa a ser caracterizada como estranha ao ambiente.