Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Fernando José de |
Orientador(a): |
Sampaio, Joelson Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/30004
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Resumo: |
Os conhecimentos sobre capital de giro e seus determinantes são relevantes para os gestores pois impactam a liquidez e a rentabilidade das empresas. Esta dissertação empírica traz avanços ao estudar a relação giro-desempenho em um período de grave crise econômica ocasionada pela pandemia COVID-19. Utilizando uma base de dados composta por empresas brasileiras listadas na B3 entre 2015 e 2020, concluí-se que o ciclo de conversão de caixa (CCC) e seus componentes exercem influência sobre o resultado da empresa, em termos de medidas contábeis e de desempenho de mercado. As hipóteses foram testadas por meio de regressão de dados em painel robusto a problemas de heterocedasticidade, conforme o modelo econométrico próprio construído. Nas regressões em capital de giro, o coeficiente COVID encontrado foi positivo, sugerindo aumento do CCC e de seus componentes durante a pandemia. Além disso, liquidez corrente e alavancagem se mostraram significantes e positivamente relacionados à duração do ciclo financeiro das empresas, enquanto o crescimento e o tamanho da empresa refletiram uma relação negativa, todos com significância mínima de 5%. Ao analisar as interações, todos os coeficientes obtidos evidenciam mudanças de intensidade e/ou direção das relações no momento da pandemia. Em seguida, regredindo em lucratividade, encontrou-se evidência de forte relação inversa entre CCC e lucratividade, medida tanto pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) quanto pelo retorno sobre os ativos (ROA). Além disso, liquidez corrente, tamanho e crescimento da empresa se mostraram positivamente relacionados às rentabilidades das empresas, enquanto alavancagem e PIB refletiram relações negativas com ROE e ROA. Os coeficientes da interação CCCxCOVID indicam relação ainda mais negativa com lucratividade em 2020, atestando a importância do correto gerenciamento do capital de giro em crises financeiras. Por fim, como análise de desempenho de mercado, a hipótese nula é rejeitada quando CCC é regredido em retorno das ações (RET), encontrando relação negativa. Através da quebra do ciclo de conversão de caixa em seus componentes, o estudo encontrou relação negativa entre RET e todos componentes do CCC, sendo prazo médio de pagamento de fornecedores e prazo médio de estocagem significantes a 5%, sugerindo que além de importante para o resultado operacional, os atores do mercado financeiro inserem o capital de giro em suas precificações. Futuras pesquisas devem tentar esmiuçar esses achados. |