Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rainho, Hélio Ricardo Marino |
Orientador(a): |
Hollanda, Bernardo Borges Buarque de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/36146
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Resumo: |
Esta tese de doutorado tem como foco trazer ao pensamento acadêmico brasileiro a vida e a obra do pintor norte-americano Jean-Michel Basquiat (1960-1988), explorando uma historicidade que considera uma pós-existência ubíqua do artista através da sobrevivência de sua imagem, disseminada por meios midiáticos e digitais, aqui entendida sob o escopo teórico do antropólogo francês Bruno Latour como um “Basquiat-rede”. Ao explorar como essa imagem interage, evolui e perpetua-se em diferentes contextos sociotécnicos, a pesquisa inscreve-se no campo das Humanidades Digitais e pretende contribuir para uma compreensão mais profunda do papel de Basquiat como um agente afro-atlântico que, na perspectiva da teoria de Paul Gilroy, é “transnacional” e “desterritorializado” – portanto dissuadido de um contexto “estrangeirista” - irradiando suas narrativas decoloniais e antirracistas neste século posterior à sua existência, em considerável relevância para o contexto afrocentrista brasileiro. Aqui busca-se construir tal historicidade por um caminho específico: a elaboração de uma “ontocartografia”, construto teórico do filósofo Levi Bryant, explorando a complexidade das imagens de Basquiat além das obras, passando por fotografias e autorretratos, indo do contexto territorial ao imagético, investigando sua difusão. A ontocartografia é empregada na pesquisa como uma metodologia que mapeia as diversas camadas ontológicas da difusão da imagem desse Basquiat-rede. Dentro dessa abordagem, aplica-se um experimento científico alinhado à ficção filosófica de Vilém Flusser, criando-se o personagem instagramático CyberBasquiat para uma diagnose que busca transcender o caminho epistêmico convencional de “estudar o pintor por suas pinturas”, adentrando nas interações complexas entre a imagem do artista, o zeitgeist cultural e a reprodutibilidade técnica de sua poética via mediações. O estudo compreende uma análise multidisciplinar, envolvendo teorias da Arte, da Comunicação e da Filosofia, com o objetivo de desvelar as narrativas subjacentes à sobrevivência midiática da imagem de Jean-Michel Basquiat. |