Adoção de pagamentos instantâneos

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Cusin, Jessica
• Orientador(a): Oliveira, Alexandre de, Fernandes, Marcelo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Pagamentos instantâneos; Inclusão financeira; Pagamento; Transferência eletrônica de fundos; Finanças - Aspectos sociais; Banco Central do Brasil
• Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35905

Esta dissertação tem como objetivo principal analisar a dinâmica da adoção e de pagamentos instantâneos, com um foco particular no papel desempenhado pelos bancos centrais e nos fatores socioeconômicos que influenciam esse processo em diferentes contextos nacionais. Entender esses elementos é crucial para identificar as condições que facilitam ou dificultam a implementação eficaz desses sistemas, promovendo uma melhor compreensão de suas implicações para o desenvolvimento econômico e a inclusão financeira. A pesquisa utilizou uma metodologia quantitativa e qualitativa para analisar os fatores que afetam a adoção de pagamentos instantâneos. Foi empregada a análise de regressão em painel de efeitos fixos para examinar a relação entre variáveis socioeconômicas, o papel dos bancos centrais e a adoção de sistemas de pagamento instantâneos. Os dados analisados incluíram métricas econômicas e demográficas de oito países avaliados: Brasil, Índia, Austrália, México, Noruega, Reunido Unido, Singapura e Tailândia. Os resultados indicam que a implementação de pagamentos instantâneos pelo banco central está associada a um aumento no número de pagamentos instantâneos, apesar da significância estatística limitada em alguns coeficientes. A penetração de smartphones e o crescimento do PIB per capita mostraram relações positivas, destacando a importância do acesso à tecnologia e do crescimento econômico para a adoção de pagamentos instantâneos. Contudo, a desigualdade econômica medida pelo Índice de Gini, quando avaliada em modelos com interação, apresentou um efeito negativo, indicando que maiores níveis de desigualdade estão associados a uma redução no número de pagamentos instantâneos. Políticas públicas voltadas para a inclusão digital e a promoção de pagamentos instantâneos podem contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico sustentável e a inclusão financeira.