O risco de lock in: um estudo qualitativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Vanessa Cristina de Paiva
Orientador(a): Miguel, Priscila Laczynski de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/28932
Resumo: Os executivos de grandes empresas, preocupados com a perpetuidade de seus negócios, estão, cada vez, mais investindo tempo e recursos para evoluir a gestão de riscos de fornecedores, devido, principalmente, a casos de insucesso decorrentes de má gestão. Entre os riscos de fornecimento, cujas consequências são de longo prazo e com grande impacto na operação, está o risco de lock in. A literatura sobre lock in ainda é restrita, mas vem crescendo com o passar do tempo, considerando a gestão de riscos de fornecimento, o relacionamento com os fornecedores e as situações de lock in. Este trabalho se propõe a ajudar os gestores das empresas a entender o que a literatura orienta em relação a esses temas e o que se é observado na prática, considerando entrevistas realizadas com compradores de algumas grandes empresas brasileiras e apresentando formas de identificação e mitigação de riscos de lock in que podem ser utilizadas por compradores dos mais diversos ramos. Após entrar em uma situação de lock in, a preocupação da empresa deve ser em como sair dela, o que não é trivial, devido aos custos elevados; mesmo assim, as empresas buscam uma alternativa diante da atitude oportunista da empresa vendedora. Entre os achados desta pesquisa tem-se que: a. o relacionamento comprador-vendedor é complexo, por envolver objetivos opostos e, em casos em que exista lock in, torna-se ainda mais difícil; b. os gestores devem evitar ao máximo entrar em situações de lock in e, se nelas estiverem, devem buscar sair; c. apesar de a análise da literatura considerar que no longo prazo o fornecedor se prejudica ao se valer de seu poder em situação de lock in, na prática, o que se observou nas entrevistas é que todos se utilizam desse poder; e d. os entrevistados buscam sempre alternativas para as situações de lock in em que se encontram. Dessa forma, é possível afirmar que este estudo apresenta relevância prática e acadêmica.