Bancos públicos subnacionais: para além dos estigmas dos anos 80

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Daniel Diniz
Orientador(a): Farias, Lauro Emilio Gonzalez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34656
Resumo: Os bancos públicos subnacionais têm sido pouco estudados nos últimos anos no Brasil. Essas instituições financeiras passaram por diversas crises nos anos 80 e 90 do século passado, e tiveram seu número e relevância reduzidos no Sistema Financeiro Nacional após as inúmeras privatizações e liquidações promovidas pelo Programa de Incentivo à Redução da Presença do Setor Público na Atividade Financeira. Desde então, essas instituições financeiras têm sido negligenciadas na literatura bancária, exceto pela associação aos problemas financeiros que a influência política de seus controladores causou no passado, apesar de sua importância para as economias regionais. Dessa forma, esta tese procura preencher, em parte, a lacuna de conhecimento sobre esses bancos num período mais recente, através da investigação empírica de seu impacto na rentabilidade bancária, além da exploração do perfil operacional dessas instituições. Os resultados empíricos fornecem evidência de que os bancos públicos subnacionais impactam positivamente a rentabilidade bancária, fato que confronta a literatura convencional, que considera bancos públicos menos rentáveis que os privados. Adicionalmente, na análise exploratória realizada, verificou-se que os bancos públicos subnacionais apresentam em seus estados de origem, papel significativo na intermediação financeira, na concessão de crédito e na manutenção de uma ampla rede de agências. Além disso, os bancos públicos subnacionais exibem um comportamento anticíclico que mitiga efeitos econômicos e sociais em períodos de crise.Ainda assim, essas instituições financeiras poderiam contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico de seus estados, através da constituição de uma carteira de crédito com uma maior proporção de operações de financiamento, em detrimento do crédito comercial; e, mais direcionada a segmentos menos atendidos pelos bancos privados, como micro e pequenas empresas.