Envelhecimento nas organizações públicas após a revolução 4.0: barreiras e oportunidades advindas das relações intergeracionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Cristiane Castro Carvalho de
Orientador(a): Fontoura, Yuna Souza dos Reis da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36189
Resumo: Objetivo – Buscou-se compreender como os servidores públicos da geração X, aqueles nascidos entre 1965 e 1984, percebem seu processo de envelhecimento diante dos desafios decorrentes da Revolução 4.0 e da interação com diferentes gerações no ambiente organizacional. Intentou-se, ainda, indicar subsídios futuros para política pública de gestão de pessoas voltada ao processo de formação contínua e às relações interpessoais na Administração Pública. Metodologia – Trata-se de pesquisa teórico-empírica com abordagem qualitativa e aplicação de entrevista semiestruturada com procuradores federais (servidores públicos da Procuradoria-Geral Federal da 4ª Região - PGF), no período de setembro a dezembro de 2023. Os dados primários foram analisados pela técnica de análise de conteúdo. Resultados – A percepção da geração X é de que o contato com pessoas de faixa etárias diferente é positivo, eis que oportuniza aprendizagem; porém, evidenciou-se pouco contato com pessoas de faixa etária superior, assim como presença de estereótipos geracionais em relação a mais novos e mais velhos. O estudo indicou presença intermediária de relações intergeracionais, com contato preponderante da geração X com colegas mais jovens. Etarismo foi percebido, em menor grau, a partir de jovens em reação a mais velhos. Ainda que adaptados às mudanças tecnológicas, há temor advindo das suas consequências, até porque importante parcela desse impacto é ainda desconhecido. Há adaptação às mudanças advindas da revolução tecnológica. O aprendizado de novas habilidades ocorre majoritariamente por meio interpessoal, fato que pode indicar prejuízo à organização, porque prevaleceu sentimento de isolamento, devido aos contatos ocorrerem principalmente pelo meio virtual na atualidade. Evidenciou-se enfraquecimento das redes de relacionamento profissional, possivelmente devido ao isolamento virtual e do baixo estímulo de contato da geração X com colegas de faixa etária superior. Veio a relevo, também, que os pertencentes a faixa etária superior à geração X podem estar insulados na organização. Limitações – Esta pesquisa foi limitada pelo fato do campo ter sido conduzido na Região Sul do Brasil, não abrangendo as demais regiões geográficas do país nem as demais regiões administrativas da Procuradoria-Geral Federal. Além disso, pesquisou-se um órgão público apenas e foram entrevistadas pessoas de uma mesma carreira deste órgão da Administração Pública, o que pode acarretar percepções de pessoas com trajetórias semelhantes. Aplicabilidade do trabalho – As conclusões desta pesquisa permitem que a PGF identifique forças e fraquezas da organização, bem como incremente seu plano de gestão de pessoas, com olhar também voltado ao envelhecimento da força de trabalho e ao convívio intergeracional no ambiente da Administração Pública. Os presentes achados são extensíveis à estrutura mais ampla da Administração Pública, notadamente a carreiras administrativas estruturadas de modo análogo à PGF. Contribuições para a sociedade – Apontar a necessidade de se estabelecer gestão de pessoas que fomente a troca de experiências e as relações intergeracionais, para estimular o aprendizado entre pessoas de diferentes gerações, transmitir a memória institucional e minorar o isolamento decorrente da forma virtual pela qual se estabelecem os principais contatos na organização pública.