História Memória e utopia nos documentários em primeira pessoa das cineastas herdeiras do exílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Poppe, Isabella Loureiro Khaled
Orientador(a): Blank, Thaís Continentino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/30658
Resumo: A construção do passado histórico das ditaduras militares tem sido marcada pela valorização da dimensão subjetiva da memória, capaz de expressar dores, traumas e frustrações. Neste processo, o cinema documentário tem ocupado um lugar de destaque na medida em que incorpora determinados testemunhos e imagens e os divulga para um público mais amplo, possuindo a capacidade de intervir nas disputas pelo passado das ditaduras militares no presente. Esta pesquisa, portanto, investiga os vínculos entre história, memória e utopia através da análise dos filmes de autoria feminina Allende, meu avô Allende (Chile, 2015), Diário de uma busca (Brasil, 2011) e Encontrando a Víctor (Argentina, 2005), realizados por cineastas “herdeiras do exílio”, parte de uma segunda geração que possui uma memória particular dos acontecimentos e cuja experiência de exilada e as rupturas vivenciadas foram consequência de laços familiares e não de intervenções políticas. Dessa maneira, o trabalho pretende identificar o uso de imagens de arquivo pessoais e públicas e a sobreposição das camadas históricas e particulares como procedimento documental parte de uma tendência que ressignifica o passado histórico através da experiência íntima. Considerando a irrupção da primeira pessoa no cinema documentário como parte de uma transformação cultural mais ampla, a pesquisa levanta questões acerca da crise da relação entre história e utopia e sua influência nas produções documentais contemporâneas latino-americanas, que assumem as derrotas históricas como ponto de partida de sua investigação retrospectiva e se debruçam sobre como esses fenômenos afetam os indivíduos.