Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Avancine, Diego Laurindo |
Orientador(a): |
Tonelli, Maria José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10438/20701
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Resumo: |
O empreendedorismo como atividade pode ser visto com uma ação de mobilização de recursos, que promove a interação entre diferentes atores, de modo a possibilitar o acesso a recursos e pessoas. Neste aspecto, a literatura acadêmica em redes em empreendedorismo teve poucos avanços no estudo da formação e manutenção de redes de relacionamento em empreendedorismo. Aliado a esta realidade surge no cenário empreendedor o fenômeno dos espaços de coworking. Estes locais tiveram sua consolidação e utilização deste termo a partir do ano de 2005 e, no ano de 2011, já contavam com mais de 700 coworkings inaugurados mundialmente – na época 16 no Brasil (DESMAG, 2011). Tratam-se de espaços compartilhados de trabalho, que podem ser alugados de maneira diária, semanal ou mensal e que, muitas vezes, possibilitam a interação com colegas de espaço e atores externos. A literatura sobre o tema identifica que o desenvolvimento de interação nestes espaços pode ter como finalidade a interação social com o objetivo de geração de negócios e, inclusive, que desenvolva características de comunidade nos seus espaços. Como reflexo dessas características, os espaços de coworking passaram a ser reconhecidos como espaços colaborativos com capacidade para agregar atores diferentes e, também, posicionar-se como polos de conexões de empreendedores. Tendo isso em vista, muitos espaços de coworking utilizam-se de atividades diversas de estimulo a interação de seus clientes e outros atores. Com base no recente contexto do ambiente empreendedor explicitado e o seu potencial como gerador de interações entre empreendedores, fez-se importante analisar o papel dos espaços coworking no desenvolvimento de interações de empreendedores de startup e se a colaboração e interação destes espaços podem ser vistas como naturais. Para atingir estes objetivos de pesquisa foram realizadas 29 entrevistas semi estruturadas com empreendedores de startup, gestores de coworking e gestores de aceleradoras de negócio da cidade de São Paulo. Teve-se como base metodológica a etnometodologia, apoiando-se em uma perspectiva interpretativista que busca entender os fenômenos organizacionais como produtos da interação social. Este estudo possibilitou identificar diferentes formatos de espaços de coworking, aprofundar o conhecimento das técnicas de estímulos à interação desses, além de apresentar detalhadamente o ambiente empreendedor. Esta pesquisa concluiu que os espaços de coworking que se posicionam como locais de referência de empreendedores de startup atuam como intermediadores de relações de interação entre colegas empreendedores e atores diversos. Estes espaços, muitas vezes, usam da necessidade de conexão de empreendedores de startup para oferecer serviços diversos de intermediação e, podem inclusive, criar modelos específicos para lucrar com isso. Nota-se, ademais, que as interações nestes ambientes são estimuladas pelos gestores destes espaços de maneira seletiva e com propósitos instrumentais de desenvolvimento do negócio de seus clientes e, portanto, não podem ser vistas como naturais. Os espaços de coworking podem, assim, tornar-se apenas ‘meios’ para uma prestação de serviço específica e não demonstrar características de colaboração entre seus membros. Espera-se que os resultados dessa pesquisa auxiliem no avanço de pesquisas ‘de dentro’ de redes em empreendedorismo e de coworking e estimule novos estudos sobre o tema. |