Desertos alimentares no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kasinski, Daniel
Orientador(a): Sentelhas, Paulo Cesar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/29041
Resumo: Este estudo demonstrou que há diversos locais no município de São Paulo em que não se tem acesso a qualquer tipo de alimentação ou em que a alimentação ali ofertada é inadequada. Áreas afligidas por estas adversidades são denominadas de desertos alimentares. Buscou-se identificar estes desertos alimentares por meio de três métodos comumente utilizados na literatura: Proximidade, Densidade e Competição. Dados do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas foram empregados para identificar e classificar os estabelecimentos alimentares do município. Por meio do Método da Proximidade demonstrou-se que há um número muito reduzido de desertos alimentares no município. Todos eles estão localizados na extremidade sul do município e menos de 1.000 pessoas são afetadas. Ao utilizar-se o Método da Densidade encontrou-se um número de desertos alimentares que excede aqueles obtidos pelo Método da Proximidade em duas ordens de grandeza, sendo estes distribuídos de maneira mais uniforme pelo município e atingindo uma parcela relevante da população. O uso do Método da Competição resultou em um número de desertos alimentares uma ordem de grandeza maior do que o valor obtido pelo método da Proximidade, com distribuição similar à do método da Densidade e atingindo aproximadamente um quinto da população afetada segundo este. Conforme demonstra a literatura, há uma correlação expressiva entre habitar-se um deserto alimentar e desfechos alimentares de baixa qualidade bem como a contração de doenças graves. Por este motivo, o acesso a alimentos saudáveis é de extrema importância para a saúde pública. Faz-se necessário, portanto, algum tipo de intervenção pública e privada para reduzir os efeitos destes desertos alimentares, como a expedição de licenças que permitam ao seu portador praticar o comércio ambulante de alimentos nutritivos na circunscrição dos desertos e pântanos.