Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Haertel, Letícia Machado |
Orientador(a): |
Castro, Celso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/36308
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Resumo: |
Esta dissertação analisa o impacto das sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos nas dinâmicas de memória coletiva no Continente Americano. Em sua busca pelo desenvolvimento de estratégias holísticas aptas a efetivamente reparar, na maior extensão possível, graves violações de direitos humanos, a Corte IDH progressivamente consolidou seu entendimento de que, para manter viva a memória das vítimas e dar transparência aos acontecimentos e violações perpetradas pelos Estados, é essencial a criação de espaços de memória pública. A partir de exemplos emblemáticos de monumentos construídos ou alterados por intervenção do tribunal, esta dissertação propõe que o impacto da Corte IDH nas dinâmicas de memória coletiva no Continente Americano ao longo de décadas não pode ser diminuído nem ignorado. Neste contexto, o propósito desta dissertação é apresentar os fundamentos para uma imperativa integração de tribunais e organizações internacionais no campo dos Estudos de Memória, como agentes aptos a intervir decisivamente na memória coletiva de sociedades e coletividades. Para tal, toma-se como objeto as medidas de reparação especificamente voltadas à construção ou à modificação de monumentos ordenadas ao longo das décadas de trabalho da Corte IDH a partir de conceitos teóricos clássicos como memória oficial, disputas de memória, memórias subterrâneas, lugares de memória, monumentalização e memória coletiva. A abordagem interdisciplinar adotada, que integra os Estudos de Memória e o Direito Internacional dos Direitos Humanos, permite compreender o potencial de influência da Corte IDH na construção e manutenção da memória coletiva e a identidade cultural das sociedades latino-americanas. A dissertação propõe uma tipologia para classificar os tipos de monumentos e ações demandadas pela Corte IDH, revelando a complexidade e a profundidade dessas intervenções. Ainda, apresenta os resultados de uma pesquisa empírica jurisprudencial que identificou todas as medidas de reparação voltadas a monumentos determinadas pelo tribunal durante toda a sua história. Deste modo, esta dissertação oferece uma nova perspectiva sobre a interseção entre Direito Internacional dos Direitos Humanos e Estudos de Memória e reforça a importância das reparações simbólicas na promoção da justiça e dos direitos humanos, fundamentos essenciais para a conceitualização de uma Memória Coletiva Interamericana. |