Perspectivas de investidores brasileiros sobre ratings ESG: uma análise qualitativa do valor gerado, limitações e oportunidades de melhoria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Youssif, Bruno Cesar Vianna
Orientador(a): Felsberg, Annelise Vendramini
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34614
Resumo: Enquanto as agências de classificação de crédito tradicionais surgiram no início do século XX para minimizar a assimetria de informação entre investidores e entidades emissoras de dívida, o início do século XXI introduziu o paradigma dos investimentos responsáveis. Os ratings ESG, que avaliam o desempenho de ativos baseados em critérios ambientais, sociais e de governança, tornaram-se ferramentas essenciais para os investidores conscientes. No entanto, enquanto os ratings de crédito baseiam-se em critérios financeiros, os ratings ESG, em grande parte qualitativos e subjetivos, são fenômenos recentes e ainda em processo de consolidação. Utilizando uma abordagem qualitativa, este estudo entrevistou especialistas ESG de gestoras de recursos brasileiras, com o objetivo de aprofundar o entendimento sobre a percepção dos investidores em relação aos ratings e avaliações ESG fornecidos por prestadores externos especializados e independentes, focando na motivação, uso, satisfação, limitações e expectativas relativas aos ratings ESG. Os resultados indicaram que os gestores triangulam várias fontes de ratings e informações em busca de análises mais completas, percebendo deficiências na compreensão das especificidades brasileiras por parte de provedores internacionais. Além disso, foi identificada uma lacuna de comunicação entre agências avaliadoras e empresas, levando a avaliações possivelmente equivocadas. Em relação ao futuro, os investidores esperam uma agenda regulatória mais robusta e avanços tecnológicos que melhor atendam às necessidades do mercado local. O estudo sugere a necessidade de alinhar padrões internacionais com o conhecimento local para atender de maneira eficaz às demandas dos investidores brasileiros.